O grupo que detém as massas Milaneza e as bolachas Nacional tem novos donos. Os fundadores do grupo Cerealis, as famílias Amorim & Lage, venderam as suas ações às famílias Moreira da Silva e Silva Rodrigues. O montante da operação não foi comunicado, segundo informação divulgada na noite de quinta-feira pelo jornal Público.
A transação foi realizada através de duas holdings: a Teak, de Carlos Moreira da Silva, e a Tangor, na pertença da família Silva Domingues. Ou seja, o grupo Cerealis mantém-se em mãos portuguesas. A conclusão da aquisição depende da autorização da Autoridade da Concorrência.
Fundado em 1919, o grupo português conquistou a atenção de Carlos Moreira da Silva por causa do "valor da empresa" e a "possibilidade de crescimento do negócio no mercado internacional [...] onde é possível crescer ainda mais", entendeu Carlos Moreira da Silva em declarações à mesma publicação. Moreira da Silva garante ainda que não comprou a empresa em saldos.
Sediado em Águas Santas, na Maia, o grupo conta atualmente com cinco fábricas em Portugal (Maia, Porto, Trofa, Coimbra e em Lisboa), e uma participação de 33,3% na Europasta, numa empresa de massas alimentícias da República Checa. A Cerealis conta com 670 trabalhadores e faturou mais de 200 milhões de euros em 2020.