A conclusão faz parte do Relatório dos Sistemas de Pagamentos de 2014 hoje revelado pelo Banco de Portugal, que aponta para um crescimento cada vez maior da utilização de meios eletrónicos de pagamento por parte dos portugueses.
Assim, as transferências a crédito cresceram 3,3% em quantidade e 9,8% em valor, enquanto que os débitos diretos subiram 16,3% em quantidade e de 15,3% em valor. Já as operações processadas através do Multibanco registaram um aumento de 3,9% em termos de quantidade e de 6,4% em termos de montante.
Em sentido inverso, os portugueses estão cada vez mais a abandonar o uso de cheques, fazendo-o sobretudo para o pagamento de grandes montantes. Deste modo, a utilização de cheques sofreu um decréscimo de 12,8% em quantidade e de 7,9% em valor. "Desde há 10 anos consecutivos que este subsistema vem registando uma evolução negativa", salienta o relatório.
"O peso da quantidade de cheques devolvidos no total de cheques apresentados diminuiu de 0,54% em 2013 para 0,44% em 2014, a percentagem mais baixa de cheques devolvidos desde 1999", revela o documento hoje apresentado.
A falta ou insuficiência de provisão - os chamados cheques carecas - surgem como a principal razão para a devolução de cheques, seguida pela devolução a pedido do banco tomador, e pelos cheques revogados.
Em termos de valores, o montante médio em transferências a crédito ascendeu a 1.819 euros, e no multibanco na ordem os 53 euros. No que respeita aos cheques, o valor médio por operação atingiu os 1.393 euros.