O salário mínimo nacional aumentou em 2017 para os 557 euros e era este o valor pago em dezembro a 670 mil trabalhadores. Ou seja, eram 20,4% os trabalhadores por conta de outrem que tinham esta remuneração segundo indica o novo relatório de acompanhamento da retribuição mínima mensal garantida (RMMG), que o ministro Vieira da silva apresentou esta sexta-feira aos parceiros sociais.
Estes 670 mil representam um aumento de 9% (mais 55,5 mil pessoas) face a dezembro de 2016, quando o SMN era de 530 euros, mas refletem uma redução de 6,6% face a janeiro de 2017 - quando o SMN já tinha sido fixado nos 557 euros.
Entre dezembro e janeiro de 2015, registou-se uma subida de 2,9% no universo de trabalhadores a ganhar o salário mínimo nacional, enquanto em 2016 a tendência foi de queda (-0,8%), mas menos acentuada do que os -6,6% observados entre o primeiro e o último mês do ano passado.
Esta evolução indicia uma redução do impacto da atualização ao salário mínimo no que diz respeito à proporção dos trabalhadores abrangidos. "Em 2017, a evolução da proporção de trabalhadores abrangidos pela RMMG ao longo do ano foi de redução quase contínua (-2,4 pontos percentuais de janeiro a dezembro) contrastando com as trajetórias observadas em 2016 e em anos anteriores, tendência que não será alheia ao facto de, ao longo de 2017, quer o emprego, quer as remunerações terem crescido de modo progressivo ao longo do ano", assinala o relatório.
Em 2016 a remuneração média mensal registada no conjunto dos trabalhadores por conta de outrem foi de 924,94 euros.