A ideia inovadora, que chega às lojas da marca já na próxima semana, promete ajudar a limpar o ambiente e desfazer a imagem de poluição a que a indústria da moda, especialmente a de consumo rápido, tem sido associada. E, mesmo ainda a começar, a cadeia sueca espera já poder aumentar em 300% a utilização de, pelo menos, 20% de algodão reutilizado nas suas peças de roupa face a 2014.
A par desta nova linha de jeans, a H&M Conscious Foundation lançou um concurso que pretende atribuir um prémio anual de um milhão de euros, que se dividirá por cinco vencedores, para o desenvolvimento de técnicas e ideias de reciclagem de vestuário usado, afirmou Karl-Johan Persson, o CEO da empresa, à Reuters.
"Nenhuma empresa, seja de fast-fashion ou não, pode permanecer como está atualmente", assegurou o responsável. "O grande potencial (da iniciativa) reside na possibilidade de se encontrarem novas tecnologias para podermos reciclar fibras sem alterar a sua qualidade", adiantou.
Johan Rockstrom, investigador de ciências ambientais e juri do prémio H&M, acredita que a indústria da moda precisa de encontrar um novo modelo de negócios que permita das reposta a uma cultura de consumo rápido. "Este é o grande desafio para a H&M cujo valor de negócio assenta nas roupas baratas de boa qualidade..o facto de ser barato aumenta o risco do comprar e deitar fora, ou do comprar em demasia", afirmou.
Rebecca Earley, outro elemento do juri diz, por seu lado, que "a pergunta que se faz no mundo da moda já não é qual é o novo preto mas sim que ideias podem ajudar a fechar o ciclo da vida do têxtil".
O concurso está ao alcance de todos, basta visitar o site da empresa - aqui. "Estamos à procura de ideias arrojadas que fechem o ciclo", diz a empresa na página onde explica como vai funcionar este concurso.
Os lucros da H&M mais do que duplicaram desde 2006, tornando-a já a segunda maior retalhista depois da espanhola Inditex. A nova coleção reciclada chega às lojas na quinta-feira 3 de setembro.