Hugo Chávez anuncia aumento de 32,25% no salário mínimo

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou um aumento do salário mínimo de 32,25%, 15% a partir de 1 de maio e o restante a partir de setembro, medida que visa combater o aumento da inflação.

"O (dia) primeiro de maio o salário vai chegar a 1.780, 45 (304,35 euros) e em setembro será de 2.047,52 bolívares (366,30 euros)", disse.

O anúncio teve lugar poucas horas antes de partir para Havana, Cuba, para realizar uma terceira sessão de radioterapia ao cancro, e segundo o próprio, teve como propósito que "os empregadores vão realizando os ajustes correspondentes".

Segundo Hugo Chávez trata-se de "um salto a favor dos trabalhadores que formam parte do processo de redistribuição do ingresso nacional para conseguir a igualdade substantiva".

Agregou que 3,9 milhões de empregados e mais de 2 milhões de pensionistas beneficiarão com o novo aumento salarial, e que fazendo o câmbio a dólares (476,05) a Venezuela tem o salário mínimo mais alto da América Latina.

Em 2011 a inflação venezuelana foi de 27,6%, muito superior aos 7,48% registados no Uruguai, 4,23% no Peru, 5,6% no Brasil e 3,3% no Paraguai.

Apesar da Venezuela ter vigente um sistema de controlo de preços e de obtenção de divisas (desde 2003), tem registado oficialmente a maior taxa de inflação da região, nos últimos seis anos.

Desde o ano de 2002 que o salário mínimo nacional tem aumentado entre 20 e 30% anualmente.

O Banco Central da Venezuela estima que a inflação oscilará entre 20 e 22% em 2012, aquém dos 30% estimados pelos analistas.

Além da alta inflação os venezuelanos debatem-se diariamente, há mais de quatro anos, com dificuldades para obter alguns produtos, falhas que os importadores atribuem a dificuldades ocasionadas pelos controlos de preços impostos e por limitações na obtenção de divisas para importação.

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