Quando foi convidado para falar no TEDxOPorto, pediram-lhe para falar do futuro da comunicação. Aceitou e montou uma apresentação um pouco mais teórica.
Mas o TEDx deste ano propunha-se a falar de "The Main Thing", mas Hugo Veiga percebeu que no seu Keynote não falava em nada disto. Então teve de refazer tudo. Mas quem vir o filme percebe que esta explicação mais parece um artifício para o criativo dizer exatamente aquilo que queria dizer.
Confusos? É melhor ver o a apresentação de Hugo Veiga, que começa por dizer: "se seguisse a apresentação que tinha prevista, dira que, para sobreviver é preciso, muitas vezes, matar. Matar alguns serviços que as empresas têm para sobreviver e adaptar ao futuro."
E dá o exemplo. "Como estas marcas falacidas. A Kodak que podia ter feito o Instagram e o Blockbuster que deveria ter sido o Netflix."
Numa altura em que se pensa que as máquinas irão dominar as pessoas, Hugo Veiga dá uma boa notícia: "as pessoas é que irão dominar as estruturas", a ponto de um dia elas "poderem governar o seu país em tempo real."
Mas para isso, e ter sucesso, como tudo na vida, "é preciso paixão e coragem", atira o copywriter português que criou campanha "Dove Real Beauty Sketches". Mas esclarece, "ser apaixonado não é ter ego [grande]". É ter paixão para arriscar.
"Estamos na indústria do novo, temos de arriscar", diz Hugo Veiga, esclarecendo que "não se trata de ir à maluca, mas avançar, dando atenção às muitas variáveis que se forem apresentando", como aconteceu com a premiadíssima campanha para Dove ou para o cartão Visa, no âmbito do Mundial de Futebol no Brasil.