Infelizmente, somos idiotas, ovelhas brancas dum rebanho controlado. Eu tento ser, pelo menos, uma ovelha verde!
Vivemos sempre a correr atrás do "prejuízo" e a tentar adaptar-nos ao que alguns, poucos mas com muito poder, nos impõem. Porquê? Porque, assim tem de ser.
Reparem:
1. Pandemia
Um sarilho. Quem opinasse contra o facto de o mundo parar porque em termos concretos estávamos perante uma pandemia com uma mortalidade equivalente a 0,02% da população mundial, era uma besta. Ou até terrorista. Hoje, estamos numa situação igual ou pior, sem histeria, mas já está tudo bem. Já nem se fala nisso. Só em Shangai, talvez por opção estratégica e política. Talvez. Basta ver as consequências económicas.
2. (Grande) Guerra (Mundial)
Tal como a Segunda Guerra Mundial começa a 7 de julho de 1937 pela invasão do Império Japonês à China, também parece que o conflito, imposto e propositado, entre a Rússia e a Ucrânia, será o princípio de uma nova Guerra Mundial. Aliás, para além de tudo aquilo a que temos assistido e da Europa ser a grande financiadora deste "conflito", temos agora Kissinger a avisar a Europa e a Ucrânia para se "acalmarem" e "cederem" à Rússia. Mas também tivemos Biden, no Japão (sem coincidência e sem esquecer a diferença entre a República Democrática da China e a República Popular da China) a referir, taxativamente, que pretende entrar em conflito armado, sem mais, com a atual República Popular da China, caso esta pretenda ocupar quem todos sabemos que deverá fazer, provavelmente, após outubro de 2022.
3. Energia
O engodo da solução renovável, que não nos garante o costume de termos luz quando queremos. Por isso, a dependência adicional pela, ainda e sempre necessária, energia fóssil. Portugal tem e poderá ter um posicionamento estratégico mas tem de estar neutro e tem de servir apenas os interesses de Portugal. Porque infelizmente a Europa não tem os mesmos interesses que Portugal. E é normal que assim seja.
4. Alimentação
Precisamos de antecipar os lucros dos cartéis alimentares. Em especial das grandes superfícies. Infelizmente, hoje a nossa sociedade acha que as alfaces nascem da Sonae, as bochechas de porco provêm da Auchan, as peras da Jerónimo Martins e os camarões do Lidl. Mas é preciso explicar, com ou sem a cadeira de cidadania nos liceus nacionais, que não é assim. E é preciso que percebamos que precisamos de regressar à reserva estratégica nacional alimentar. Isto é, precisamos de produzir e de garantir, sem dependências, o que consumimos. É o mínimo, para não estarmos reféns e/ou dependentes de terceiros (o tal estado exíguo que Adriano Moreira sempre nos lembra).
5. Dinheiro
Quando escrevo dinheiro, lembro-me sempre da "amiga Olga" e da expressão "a chave ou dinheiro". Antes fosse esse programa extraordinário dos anos 90 do antigo canal 4... Infelizmente, o dinheiro move a atual sociedade. E hoje, o importante não é ser nem saber, é ter. E por isso muitos nem percebem a diferença entre gostar-se do que se faz ou fazer-se o que se gosta. Pois, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, completamente diferente. Mas pior.
O dinheiro, assente em moeda, tenderá a acabar. O dinheiro será digital. E por isso mais controlável. Mais ajustável e, acima de tudo, muito mais manipulável. O dinheiro que assentava num valor como o ouro acabou na era Roosevelt & Nixon, quando transformaram o dólar americano numa moeda assente, de forma exclusiva, nas transacções petrolíferas. Até Kadhafi e Saddam pretenderem vender petróleo noutra moeda, sendo bem conhecido o destino que tiveram. Após isso, a moeda (o dinheiro), em especial o dólar mas também o euro, ficou assente na respetiva transacionabilidade, valendo, hoje, tanto como uma criptomoeda.
Por outro lado, voltaremos a viver com inflação e o custo do dinheiro. Acabou a possibilidade de quem não herdou ou não poupou poder comprar o mesmo que quem teve a sorte de herdar ou a capacidade de poupar. E acabou o engodo de todos termos de ser donos de casas. Não precisamos, nem precisamos de nos endividar a 40/50 anos quando temos 20/30 anos. Essa "nova escravidão" acabou. Não faz sentido. E a dívida voltará a ser vista como negativa ao invés dos tempos da loucura vivida em que se argumentava que ter dívida era "bom".
6. Futuro
A minha geração terá uma vida dura e um resto de vida em guerra, mesmo sem conseguir combatê-la. Viveremos a tentar garantir uma qualidade de vida que recebemos, mas que não vamos conseguir proporcionar aos nossos filhos. É isto que fará desta geração, a minha, uma geração amargurada. Uma geração que tudo terá de reconstruir. São ciclos, cuja previsão dói. Mas é o que é.
Por tudo isto, precisamos de mais, de melhor e de arregaçar as mangas para, apesar de tudo, nunca desistir. Porque tudo dependerá de nós. De todos nós. Sempre com o foco de fazer do mundo um lugar melhor para todos. Se não for assim, nada fará sentido e o destino será sempre o mesmo... guerra!
E nós queremos paz.