Ikea fecha lojas em Portugal a partir de amanhã. Depois só online

Decisão da cadeia sueca surge depois do Governo ter dado opção aos retalhistas de fechar espaços.
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É mais uma cadeia a anunciar o encerramento das suas lojas por causa da pandemia do coronavírus. A partir de amanhã as lojas da Ikea fecham em Portugal. Não há data para a sua reabertura. Estas abrirão ao público "o mais rápido possível. Para os clientes, a cadeia sueca mantém o site de ecommerce a funcionar. Parte dos colaboradores continuam a trabalhar nas lojas. Cadeia vai reorganizar fluxo de trabalho.

“A saúde e o bem-estar dos nossos colaboradores, clientes e parceiros é a principal prioridade da Ikea Portugal. Desde o início desta crise que temos vindo a seguir todas as recomendações da DGS e do Governo, avaliando cuidadosamente o melhor para as pessoas e para o negócio em cada fase. Depois do Governo ter transferido a responsabilidade de fechar lojas para os retalhistas, tomámos imediatamente esta decisão, afirma Helen Duphorn, Country Manager da IKEA Portugal, citado em nota de imprensa.

O fecho é anunciado sem ser adiantado uma data de reabertura. "A Ikea continua a monitorizar a situação de perto e irá agir de acordo com as recomendações das autoridades relevantes e da Direção Geral de Saúde, com o objetivo de abrir as lojas ao público o mais rápido possível", diz a cadeia.

Ativo mantém-se o site da cadeia, permitindo aos clientes fazer compras online. "Durante as próximas semanas, a IKEA irá assegurar a melhor experiência possível para os seus clientes através do site IKEA.pt, ao mesmo tempo que prepara as lojas para a sua reabertura."

O encerramento de lojas não significa, no entanto, que os trabalhadores não estão nas lojas. "Antes da decisão de encerrar temporariamente as lojas e estúdios de planificação, e tendo em consideração o contexto de retalho em que a Ikea Portugal atua, as equipas com essa possibilidade, já se encontravam a trabalhar alternadamente no escritório e a partir de casa, de forma a garantir que o apoio necessário a todas as unidades", informa fonte oficial do Ikea quando questionada pelo Dinheiro Vivo sobre se os colaboradores iam para casa com o fecho das lojas ou se fatia iria ficar a laborar para garantir entregas online. "Com esta decisão, iremos agora reorganizar o fluxo de trabalho de forma a assegurar a continuidade do negócio, com especial foco em manter o normal funcionamento da loja online."

A empresa não adiantou o número de colaboradores envolvidos neste processo.

"Todos os colaboradores Ikea estão a ser informados, acompanhados e formados para lidar com a atual situação. Paralelamente, a frequência das rotinas de limpeza foi reforçada, assim como a implementação de dispensadores de gel em todos os espaços, tal como recomendado pela DGS e autoridades governamentais", refere fonte oficial quando questionada sobre os procedimentos implementados para combater a propagação do Covid-19 garantindo segurança dos colaboradores.

"As rotinas e os espaços de refeição foram também adequados, de acordo com estas recomendações, tendo a Ikea criado medidas extra como a proteção dos espaços de self-service e o distanciamento obrigatório nas filas de restaurante de colaboradores, a redução da capacidade de pessoas presentes em salas de reunião, alteração de serviços de entrega e reagendamento dos serviços de instalação e montagem", enumera. "Estas são algumas das medidas que têm vindo a ser implementadas ao longo das últimas semanas, de forma a proporcionar a maior segurança para todos os nossos colaboradores."

Em Portugal desde 2004 com a abertura da Ikea Alfragide, hoje a cadeia sueca tem cinco lojas no país - Alfragide, Loures, Loulé, Matosinhos e Braga – uma plataforma de venda online, dois Estúdios de Planificação (Seixal e Sintra) e vários Pontos de Recolha de encomendas. Emprega cerca de 2.500 colaboradores e recebe cerca de 16.7 milhões de visitas anualmente nas lojas físicas e 34 milhões online.

É a segunda grande cadeia de retalho especializado na área do mobiliário e decoração a anunciar o fecho temporário das lojas. Também a portuguesa hôma (a antiga DeBorla) decidiu encerrar os mais de 30 espaços que tem no país.

Desigual, Lanidor, Quebramar, Salsa e Sacoor são algumas das cadeias/marcas que já optaram encerras as lojas físicas, mantendo ativo o online. Em alguns casos estão a oferecer os portes de envio. É o casa da rede de joalharias Casa Batalha que acaba de informar que vai fechar as lojas por tempo indeterminado.

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