"Emerging stronger with e-Commerce from the pandemic" será o mote para a sexta edição do CTT e-Commerce Day, que este ano vai dedicar um debate à análise do impacto pandémico nas compras digitais. O evento - que decorre esta terça-feira, 16, a partir das 14h30, no auditório da Lispolis, em Lisboa - contará com a presença de representantes de algumas das maiores marcas no comércio digital, mas reserva ainda tempo para a apresentação do relatório anual sobre o desempenho do mercado, os desafios que enfrenta e as oportunidades que guarda.
Além da presença de André de Aragão Azevedo, secretário de Estado para a Transição Digital, a iniciativa contará com a participação do CEO dos CTT, João Bento, e do responsável de e-Commerce da empresa, Alberto Pimenta. João Sousa, Executive Board Member dos CTT, será o responsável pela entrega dos CTT Special Awards, que pela primeira vez irão distinguir empresas em oito categorias - Site e-Commerce, App e-Commerce, Iniciativa e-Commerce PME, Iniciativa e-Commerce Green, Iniciativa Comércio Local, Startup - Inovação em Logistics, Delivery and Returns no e-Commerce, Startup - Inovação em Pagamentos no e-Commerce e Startup - Inovação em Marketing Digital no e-Commerce.
Do lado dos operadores do mercado, estarão presentes David Bu, General Manager da Cainiao para a União Europeia (do grupo Alibaba), Malcom Haylett, Digital Manager da IKEA Portugal, Nuno Borges, Logistics Principal da Farfetch, Paulo Pinto, CEO da La Redoute Portugal, Pedro Chaínho, Head of Supply Chain da Worten, e Sónia Lascasas, Commercial & Marketing Manager da Livraria Bertrand. O debate tem início previsto para as 15h40.
Depois de quase dois anos a viver em contexto pandémico, é tempo de perceber de que forma as marcas souberam adaptar-se às novas exigências dos consumidores, como se alteraram as preferências e necessidades dos clientes, mas sobretudo compreender o que é essencial para construir uma estratégia robusta no comércio digital.
No último CTT e-Commerce Report, de 2020, os dados apontavam para uma tendência crescente de compras online em lojas nacionais, essencialmente por pessoas de grandes áreas urbanas e com idades entre os 18 e os 54 anos. Esta faixa etária representava 90,2% dos compradores digitais. A influência das restrições à circulação e das medidas de isolamento social já se faziam notar em rubricas como os gastos anuais em compras online, na quantidade de compras e no número de artigos adquiridos.
Ainda no campo das contas, o documento representava as ambições dos comerciantes, que esperavam ver o peso do mercado doméstico aumentar no total de compras online em mais de 20%. Resta agora saber, com a nova edição do relatório, de que forma evoluiu o mercado nos últimos 12 meses.
Estimativas internacionais
O "novo normal" trazido pela pandemia reflete-se em alterações significativas na forma como as empresas lidam com os seus clientes, acelerando o que há muito vinha sendo anunciado pelos especialistas - a digitalização do comércio e o aumento exponencial da utilização do digital em todas as áreas da vida quotidiana. De acordo com dados da McKinsey, a estratégia omnicanal ganhou espaço e a aposta em lançamentos digitais de produtos e serviços cresceu. As redes sociais e as campanhas via e-mail foram os canais mais usados para lançamentos comerciais em 2020, mas o crescimento do peso das vendas online no total de vendas do retalho foi, também, muito expressivo: entre 2015 e 2019, o e-commerce no Reino Unido crescia a um ritmo de 1,3%, valor que subiu para 5,7% ao ano em 2020. Países como a China, os EUA ou a Alemanha registam a mesma tendência positiva, mostram os números da consultora.
Durante o CTT e-Commerce Day 2021, que acontece esta terça-feira, em Lisboa, com o apoio do Dinheiro Vivo e da TSF, serão divulgados os mais recentes dados sobre a evolução do mercado nacional e comentados não apenas por especialistas, como também por alguns dos principais players do e-commerce português.