Impresa lança sites provisórios do Expresso, SIC e SIC Notícias após ataque informático

Grupo Impresa lançou sites provisórios do semanário "Expresso" e dos canais SIC e SIC Notícias, após o ataque informático sofrido no domingo. Site da plataforma Opto, do jornal regional Mirante e de uma revista corporativa da Galp, alojados nos servidores da Impresa, também foram atacados e continuam inacessíveis.
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Os leitores do semanário Expresso e dos sites SIC e SIC Notícias já podem aceder novamente à informação desses órgãos, sem ser através das redes sociais. O grupo Impresa relançou os sites das marcas, mas num formato provisório, após o ataque informático do grupo de hackers Lapsus$ no dia 2 de janeiro. Contudo, os formatos originais dos sites dessas marcas continuam inacessíveis. As páginas da plataforma Opto, da revista Blitz, do jornal regional Mirante, do site de fotojornalismo Olhares e de uma revista corporativa da Galp, alojados nos servidores da Impresa, também foram atacados e continuam fora de serviço.

Num comunicado publicado no site do Expresso, a direção do semanário garantiu que "nunca desistirá de lutar pelo Estado de Direito, pela Democracia, pela liberdade". E sublinhou que tudo fará para continuar a fazer chegar a informação aos leitores.

Adiantam também que os sites temporários permitirão levar aos leitores as notícias que têm sido publicadas, nos últimos dias, nas redes sociais do jornal. O semanário lamentou a situação, pediu desculpas aos leitores e saudou outras empresas e grupos de comunicação social que condenaram o sucedido à Impresa. O grupo continua a colaborar com as autoridades para "resolver a situação tão rápido quanto possível".

"Como sabem nós, Expresso e SIC, estamos a ser alvo de um ataque informático, o que tem dificultado seriamente a missão: informar os leitores e espetadores", lê-se.

O ataque informático à Impresa também foi condenado pela Global Media (dona do Dinheiro Vivo, Diário de Notícias e Jornal de Notícias), pela Media Capital (dona da TVI e responsável pela CNN Portugal), pela RTP, pelo Público e por outros meios jornalísticos nacionais e regionais.

A 2 de janeiro (domingo), a Impresa confirmou que os sites do Expresso e da SIC, bem como algumas das suas páginas nas redes sociais, estavam temporariamente indisponíveis, devido a um ataque informático. Além dos sites do semanário Expresso e dos canais SIC e SIC Notícias, foram afetados os sites da revista Blitz, bem como o site da Opto e as páginas online do jornal regional Mirante, do projeto de fotojornalismo Olhares e do projeto editorial da Galp Energiser.pt, que estão alojados nos servidores da Impresa.

O site da Blitz continua fora de serviço, mas os artigos podem ser acedidos através do site temporário do Expresso. Já os sites da plataforma Opto, do Mirante, do projeto de fotojornalismo Olhares e do projeto Energiser.pt continuam inacessíveis.

O ciberataque foi levado a cabo por um grupo de hackers brasileiros que se autodenominam de Lapsus$, que chegaram a enviar mensagens aos leitores dos projetos desenvolvidos pelo grupo Impresa, bem como a publicar informação falsa na conta Twitter do Expresso. O ataque foi organizado na rede social Telegram.

Nas primeiras horas de 2 de janeiro, surgia nos sites da Impresa um pedido de resgate sobre os acessos aos sites. "Os dados [do grupo] serão vazados caso o valor necessário não for pago. Estamos com acesso nos painéis de cloud (AWS) entre outros tipos de dispositivos. O contacto para o resgate está abaixo", lia-se, sendo que os valores em causa não foram mencionados.

Para o grupo de media trata-se de um "atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital".

A Impresa garantiu, desde o início, estar a trabalhar com a PJ e com o Centro Nacional de Cibersegurança para resolver a situação, tendo apresentado uma queixa-crime.

Numa resposta imediata ao sucedido, os jornalistas do grupo recorreram às redes sociais do Expresso e da SIC, no Facebook, no Linkedin e no Instagram, para continuar a noticiar o que de mais relevante acontece no país e no mundo.

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