O incentivo à contratação coletiva introduzido pelo governo neste ano na compensação pela subida do salário mínimo traduziu-se num ganho adicional de 6,8 milhões de euros para as empresas, segundo cálculos do DN/Dinheiro Vivo a partir de dados de execução da medida facultados pelo IAPMEI- Agência para a Competitividade e Inovação.
De acordo com o organismo responsável pela operacionalização do apoio, na medida com a qual o Estado suporta parte dos custos dos empregadores com a atualização do salário mínimo, houve 121 957 trabalhadores abrangidos que tinham remuneração fixada no ano passado em contratação coletiva em valores ligeiramente acima de 665 euros, entretanto arrastados para os 705 euros em 2022.
Neste caso, a compensação que cobre a maioria do aumento de encargos das empresas com contribuições sociais previu neste ano uma majoração de apoio: o acesso a 100% do valor de subsídio atribuído quando a remuneração está fixada no salário mínimo, ou 112 euros anuais por trabalhador. Sem contratação coletiva, e quando a remuneração estava já acima do salário mínimo, o apoio foi mais reduzido, de apenas 56 euros por trabalhador.
Assim, as empresas que reviram salários em negociação coletiva em 2021 para valores acima da retribuição mínima obtiveram um benefício total próximo dos 13,7 milhões de euros, metade do qual - 6,8 milhões - resultou da majoração de subsídio que serve de incentivo às negociações entre empregadores e representantes de trabalhadores. O valor representa 7% do total da despesa com a compensação deste ano, que ficou em 94,5 milhões de euros.
No total, 161 634 empresas beneficiaram do apoio em 2022, com um total de 978 932 trabalhadores abrangidos.