Um "incidente" obrigou à suspensão do AforroNet, site do Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública para a consulta e gestão de certificados de aforro. A plataforma está inativa desde a passada sexta-feira e ainda não há data prevista para a sua reativação. Segundo adiantou o Ministério das Finanças ao Dinheiro Vivo, "a intervenção na plataforma AforroNet deverá estar concluída brevemente".
Questionado pelo Dinheiro Vivo, fonte oficial do ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento, revela que "foi identificado um incidente, que não resultou de um ataque informático", mas que "justificou a decisão de suspender temporariamente a plataforma AforroNet para uma intervenção de melhoria".
Neste momento, os subscritores de certicados de aforro que acedam ao AforroNet deparam-se com uma nota, onde o IGCP (instituto que gere a dívida pública) revela estar "a melhorar as condições de segurança do serviço", esperando "ser breve". No site é ainda explicado aos clientes que "todos os serviços associados às contas de aforro estáo assegurados através da rede dos CTT". Recorde-se que, além das lojas físicas, os CTT têm agora ao dispor uma plataforma eletrónica para os Certificados de Aforro, o Aforro Digital.
Segundo o Ministério das Finanças, "a segurança das aplicações financeiras dos aforristas nunca esteve, nem está em risco". A plataforma "beneficia de vários mecanismos de segurança, nomeadamente: o acesso à conta é bloqueado em caso de tentativas erradas, e a arquitetura de movimentação dos produtos não permite a transferência de saldos para outras contas que não para a conta bancária da qual o cliente é titular e cuja autenticidade de IBAN é validada de duas formas autónomas", frisa ainda.
A mesma fonte acrescenta que "o IGCP promove testes e atualizações regulares ao sistema de informação AforroNet".
Em julho, o stock de certificados certificados de aforro e do Tesouro situava-se nos 44 mil milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal. Os certificados de aforro totalizavam quase 34 mil milhões de euros, e os do Tesouro, somavam cerca de 10 mil milhões de euros.
Estes produtos estão a perder importância já há vários meses. As razões prendem-se com a descida dos juros aquando da introdução de uma nova série de certificados de aforro, que reduziu a atratividade desta poupança, e também pelo aumento da remuneração paga aos depósitos na banca.
Ainda assim, este ano, o banco BIG iniciou a comercialização destes produtos. Desde março que esta instituição bancária está autorizada a integrar a rede de distribuição, que estava restrita à AforroNet, aos CTT e aos Espaços Cidadão.