Inosat entra em Frankfurt para investir no Brasil

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Frankfurt prepara-se para acolher mais uma empresa portuguesa. A Inosat, especialista em produtos de localização GPS e gestão de frotas, vai para a Bolsa alemã no primeiro semestre de 2012. A entrada será feita no Entry Standard, índice que integra 140 empresas de pequena e média dimensão, que passará assim a ter a primeira representante portuguesa. A revelação foi feita pelo CEO da Inosat na sua apresentação na Conferência Mercado de Capitais Black Swan.

"Não há nenhuma empresa portuguesa naquele mercado e queremos entrar no primeiro semestre de 2012", afirmou Jorge Carrilho. À margem da conferência e questionado pelo DN/Dinheiro Vivo, o administrador revelou que pretende encaixar até 2,25 milhões de euros com a operação, um montante que terá como objectivo "financiar a alteração do modelo de negócio" mas, sobretudo, a actividade no Brasil. "Vai servir para financiar a aquisição de equipamentos e de alguma parte das operações, de forma a alugar esses equipamentos aos clientes, que é o modelo de negócio que temos naquele mercado", disse o gestor, admitindo o Brasil como a "grande aposta" da Inosat .

A entrada na Bolsa alemã está apenas depende de alguns pormenores: "Falta a aprovação do prospecto por parte da CMVM e falta angariar investidores, porque não vamos fazer um IPO mas um lifting, um processo mais simples através do qual faremos um aumento de capital, de um milhão para perto de 2 milhões".

A operação será feita em duas fases. A primeira, já em Dezembro, direccionada para os investidores privados, para a qual já existe uma lista de interessados, e a segunda em Março, dirigida aos investidores institucionais. Com consultoria a cargo da Public Research, a escolha do banco colocador será feita entre um de dois bancos alemães e, apesar de depender do valor da colocação, os custos fixos da operação ascendem a 100 mil euros. "As únicas empresas que estão a crescer são que as se conseguem financiar. Não é possível fazer este tipo de negócio sem dinheiro", alertou.

Uma política de dividendos atraente é a arma secreta da Inosat , com a empresa a prever pagar 916 mil euros em dividendos já em 2013 e 7,8 milhões em 2016. "É a nossa cenoura para o investidor, é uma boa forma de atrair investidores e fundos de investimento", concluiu Jorge Carrilho.

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