iPhone X. Atender chamadas é problema para telemóvel de 1200 euros

Centenas de utilizadores queixam-se de problemas a atender chamadas. Apple tem sido criticada pelos problemas com o iPhone
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O desbloqueamento por reconhecimento facial e um ecrã a ocupar toda a superfície frontal do telefone são algumas das capacidades únicas do iPhone X, um dos smartphones mais caros do mundo. Atender um telefonema, no entanto, está a revelar-se um problema para centenas de proprietários deste telemóvel, que em Portugal custa certa de 1200 euros. Os relatos estão a surgir no próprio fórum da Apple, adianta este domingo o Financial Times (reservado a assinantes).

Quando o telefone toca, o ecrã do iPhone X demora até 10 segundos até permitir que o utilizador atenda a chamada, denunciam alguns dos utilizadores. "Quando recebo uma chamada no meu iPhone X, oiço o telefone a tocar mas o aviso no ecrã só surge 6-8 segundos depois", queixa-se um cliente na página oficial da empresa de Cupertino.

As queixas sucedem-se e a empresa limita-se a dizer que "está a avaliar estes relatos".

Até ao final de dezembro, já foram enviados 29 milhões de iPhone X, tornando-o no mais popular smartphone da época de Natal, segundo o grupo de pesquisas de mercado Canalys, citado pela mesma publicação. A Apple diz mesmo que é o iPhone mais vendido desde que está no mercado.

A Apple conta que o iPhone X gere receitas entre 60 e 62 mil milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, segundo a apresentação de resultados feita esta semana. Previsão que fica alguns milhares de milhões de dólares abaixo do mercado.

A empresa alega que os seus smartphones têm um índice de satisfação de 96% no mercado norte-americano. Mas os problemas sucedem-se para a empresa liderada por Tim Cook.

Na sexta-feira, a Apple anunciou que vários iPhone 7 vendidos entre setembro de 2016 e fevereiro de 2018 que vão ter de ser reparados. A falha de um componente que impede que o telemóvel esteja ligado à rede móvel mesmo quando tem serviço disponível é a razão para esta reparação. O problema afeta uma “pequena percentagem” dos iPhone 7 vendidos nos Estados Unidos, China, Hong Kong, Japão e Macau.

É a quarta vez desde 2015 que a empresa liderada por Tim Cook tem de mandar reparar o seu smartphone por problemas com componentes.

Em ocasiões anteriores, a Apple reparou defeitos na câmara do iPhone 5s, problemas com o ecrã tátil do iPhone 6 Plus e o “apagão” registado em algumas unidades do iPhone 6s sem qualquer motivo aparente.

Os lucros da Apple subiram 16% em 2017 para 20 mil milhões de dólares, segundo os resultados comunicados esta semana. A tecnológica de Cupertino voltou a ser a maior fabricante do mundo de smartphones.

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