A Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Isabel dos Santos, passou hoje a acumular o cargo de presidente da Comissão Executiva da Sonangol Pesquisa e Produção, depois de exonerar Carlos Sousa e Oliveira.
Em comunicado distribuído hoje à imprensa, a petrolífera angolana refere que a Sonangol Pesquisa e Produção é a empresa do grupo Sonangol que durante uma avaliação efetuada apresentou as maiores debilidades de gestão e consequentemente desvios financeiros.
O documento adianta que a decisão será estendida a toda a Comissão Executiva da referida empresa, sendo igualmente exonerados dos cargos os vogais Carlos Figueiredo, Walter do Nascimento, Guilherme Ventura e Ricardo Van-Deste.
Com Isabel dos Santos foram nomeados os vogais Edson Santos, Sarju Raikundalia, Bernardo Domingos e Carlos Cardoso.
A nota sublinha que "esta decisão esta alinhada com a postura do novo Conselho de Administração da petrolífera de ser consequente com os princípios de rigor e transparência que baseiam a sua gestão".
A Sonangol Pesquisa e Produção é uma subsidiária da Sonangol e tem como objetivo o exercício de atividades de prospeção, pesquisa e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos.
A operar desde 1994, tem hoje uma produção operada de 46.000 barris por dia, sendo parceira em vários blocos em Angola, Brasil, Cuba e Iraque.
Isabel dos Santos foi nomeada Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, em junho, para liderar o processo de reestruturação da petrolífera estatal, tendo revelado em conferência de imprensa no início deste mês que a avaliação realizada ao grupo, para "conhecimento total da situação de partida", permitiu detetar "inconsistências entre a informação contabilística e a informação real da empresa", bem como "uma falta de controlo sobre várias participações financeiras".
Afirmou mesmo que a situação da Sonangol "é bastante mais grave do que o cenário inicialmente delineado", obrigando a "decisões de gestão com caráter de urgência".