
A evolução da iServices comprova o sentido da mudança dos tempos a caminho do digital, não só em território português, mas também além-fronteiras. Quem nunca precisou de compor um telemóvel, um tablet ou um computador? A multiplicação dos dispositivos móveis na sociedade ajuda a explicar como a empresa, fundada há 13 anos, tem agora 50 lojas e aproximadamente 300 colaboradores, só em Portugal. Mas são números à beira de uma explosão.
“Ainda durante o presente ano, planeamos abrir mais 15 lojas em território nacional e prevemos um aumento da nossa equipa através da contratação de cerca de 50 novos colaboradores. Em relação à expansão internacional, está prevista a abertura de 15 novas lojas, tanto na Bélgica como em França. Em termos globais, contamos chegar ao fim do ano com cerca de 100 lojas e cerca de 500 colaboradores”, sintetiza Bruno Borges, CEO e fundador da marca, agora integrada no universo Sonae.
Por enquanto, o forte da atividade da empresa continua a ser Portugal. “Ainda que tenhamos expandido para o exterior, onde contamos atualmente com 11 lojas, essa presença internacional encontra-se em fase de crescimento. Mas Portugal continua a ser a geografia mais relevante e estratégica da empresa.”
Com os pés assentes no país de origem, Bruno Borges admite que “o principal objetivo [da empresa] é consolidar a presença e as lojas do estrangeiro e trabalhar a credibilidade e a visibilidade da marca lá fora”. Será esse o motor para o crescimento do negócio.
“O facto de estarmos presentes em três localizações para além de Portugal - em Espanha (quatro lojas), em França e na Bélgica -, tem-nos permitido alcançar novos públicos e avaliar os níveis de recetividade da nossa marca em diferentes contextos e cenários culturais. No entanto, essa expansão também traz desafios, sendo o principal tentar manter a identidade da iServices ao mesmo tempo que internacionalizamos a empresa.”
O critério de escolha dos destinos tem recaído sobre locais onde a empresa considera haver “viabilidade de mercado” e “localizações pouco saturadas”. A entrada noutros países irá depender das “oportunidades e das necessidade do mercado”.
Apesar da passagem para a Sonae, o gestor garante que a identidade da marca “está inalterada” e até reforça: “A equipa, composta atualmente por cerca de 315 colaboradores, permanece fundamentalmente a mesma desde a sua origem, apenas com a adição das equipas das novas lojas. A equipa responsável pela gestão diária da empresa é a mesma de sempre e com a devida autonomia na definição da estratégia que se mantém fiel aos valores da origem da empresa.”
Uma das vantagens do novo acionista acabou por refletir-se - diz o administrador - “no aumento exponencial do número de lojas: durante os primeiros nove anos da empresa, abrimos cerca de 20 lojas. Esse número triplicou nos últimos quatro anos”.
A marca especializou-se na reparação de telemóveis, tablets e computadores, mas também vende recondicionados e produtos de marca própria.
“Em relação à reparação, a principal evolução que se tem verificado tem sido relativa à diversificação das marcas atendidas”, conta o gestor. “Com a constante entrada e saída de marcas no mercado, a nossa equipa técnica vê-se obrigada a manter-se em constante adaptação, de modo a garantir que estamos preparados para reparar todos os equipamentos, independentemente da marca.”
Na prática, explica Bruno Borges que “o foco continua a ser a rapidez e a qualidade. Desde o início do projeto, há 13 anos, mantemos o compromisso de reparar smartphones em 20 a 30 minutos e fazemos questão de continuar a honrar esse conceito”.
Como prova da velocidade, pormenoriza: “Se, há dez anos, reparávamos algumas dezenas de equipamentos por semana, atualmente, reparamos algumas dezenas de milhares, com a prioridade de manter o mesmo critério e padrão de excelência a que habituámos os nossos clientes.”
Sobre volume do investimento inerente à expansão da marca, o gestor prefere apenas dizer que o valor se enquadra na “dezena de milhões de euros”. E quanto ao volume de faturação, tem tido “uma percentagem de acréscimo sempre superior a dois dígitos por ano, em todas as nossas áreas de negócio”.
Mas, no meio das ordens de grandeza genéricas, também há contas certas: “Fazemos cerca de 35 mil reparações por mês; comercializamos mais de 6000 smartphones recondicionados, sobretudo modelos iPhone, Samsung, Apple Watches, Macbooks e iPads; e vendemos, mensalmente, uma média que já é superior a 43 mil artigos da nossa marca própria iS”.