Isto é um bacalhau fresco. E também vem da Noruega para Portugal

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"Você percebeu que aquele bacalhau que está ali salgado e espalmado não é apanhado no mar assim, certo!?" A pergunta feita por João António Alves, fundador da Riberalves ao jornalista da TV Record, durante a visita à fábrica de Comimba, na Moita, no final de 2013, provocou a risada geral.

No entanto, obrigou a plateia a esforçar-se para imaginar a imagem do bacalhau no mar. A tarefa não foi fácil, já que raramente se vê bacalhau fresco em Portugal.

Mas vai passar a ser habitual. Tudo porque a Norge, marca que promove o bacalhau seco da Noruega fora de portas, vai colocar o "skrei" à venda pela primeira vez no mercado português.

"Skrei é bacalhau, porém nem todo o bacalhau é skrei", diz a Norge. Skrei é bacalhau no

auge da sua vida e faz parte da reserva de bacalhau do mar de Barents

(da espécie Gadus morhua). Passa grande parte da sua vida naquelas águas frias, ricas em nutrientes, e quando atinge a maturidade sexual (por

volta dos 5 anos) passa os meses de Inverno em migração até à costa da

Noruega para desovar. Ver mais aqui.

Feitas as apresentações, este bacalhau vai estar à venda nas peixarias do El Corte Inglês, do Intermarché, Pingo Doce e Continente. O mercado 31 de Janeiro em Lisboa é outro dos locais de venda, além da Makro e do Recheio.

Portugal ainda não faz parte dos principais consumidores de skrei, "mas a recetividade a este bacalhau está a aumentar", refere Christian Nordahl, representante da Norge em Portugal, apontando a meta dos 30%. Só no ano passado foram importadas 600 toneladas de skrei, número que este ano deverá crescer.

Leia também: Riberalves sem espinhas. Cresce 10% com

Brasil, Angola e França rendidos ao bacalhau

Já em relação ao bacalhau seco, grande parte vem da Noruega. Mas também chega da Islândia, que iniciou agora em Portugal uma estratégia de promoção. A seguir vem a Rússia e EUA.

A Riberalves, um dos grandes operadores nacionais, conta como faz o seu bacalhau: é salgado no momento da pesca (não congelado), curado entre 4 e 5 meses (sem fosfatos), demolhado em água corrente e ultracongelado, caso seja este o destino da venda, em 4 horas a -40º.

Ao contrário do que se pensa, o bacalhau não está em extinção. A sua quota tem crescido 10% ao ano e das 1,2 milhões de toneladas, Portugal consome 350 mil toneladas (30%), o que dá 7 kg por ano por português.

Durante a temporada do skrei, a fileira do bacalhau da Noruega atribuiu-lhe um selo de identificação, colocada na primeira barbatana dorsal.

Dentro desta estratégia de promoção da Norge, alguns restaurantes portugueses colocaram a iguaria fresca nas suas cartas durante esta época do peixe (de fevereiro a abril). A saber:

Chef Cordeiro ( Praça do Comércio, 20/23, Lisboa - 216 080 090);

Kais (Cais da Viscondessa, Rua da Cintura, Santos, Lisboa - 213 932 930);

Taberna 1300 (Rua Rodrigues Faria 103, Alcântara, Lisboa - 213 649 170);

Salsa e Coentros ( Rua Coronel Marques Leitao, Alvalade, Lisboa - 218 410 990);

Miudinho de Carnide (Rua Neves Costa 21, Carnide, Lisboa - 210 454 058);

Spazio Buondi/Nobre (Av Sacadura Cabral, 53, Campo Pequeno, Lisboa - 217 970 760);

Tasca da Esquina (Rua Domingos Sequeira, 41-C, Campo de Ourique, Lisboa - 210 993 939);

Largo (Rua Serpa Pinto (ao Largo de São Carlos) , Lisboa - 213 477 225);

Assinatura (Rua Vale do Pereiro, 19, Lisboa - 213 867 696); Rio"s (Passeio Marítimo de Oeiras (Piscina Oceânica)- 214 411 324).

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