Juros das dívidas da zona euro disparam devido à crise política em Itália

Segundo dados da Bloomberg, os juros da dívida alemã a 10 anos, considerada a mais segura da Europa, subiram pouco depois das 13.15 horas em Lisboa para 1,205%, contra 1,141% na quarta-feira. Os juros das dívidas portuguesa e espanhola também estavam sob pressão, a subir, respetivamente, para 2,363% (contra 2,247% na quarta-feira) e 2,362% (contra 2,243% na quarta-feira).
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Os juros da dívida pública europeia dispararam nesta quinta-feira devido à crise que o Governo italiano enfrenta, que poderá desencadear novas eleições, e num dia em que Bruxelas piorou as previsões económicas para a zona euro, com a inflação em máximos.

Segundo dados da Bloomberg, os juros da dívida alemã a 10 anos, considerada a mais segura da Europa, subiram pouco depois das 13.15 horas em Lisboa para 1,205%, contra 1,141% na quarta-feira.

Contudo, os juros da dívida italiana eram os que mais subiam na Europa, estando à mesma hora a avançar para 3,360%, contra 3,136% na quarta-feira.

Os juros das dívidas portuguesa e espanhola também estavam sob pressão, a subir, respetivamente, para 2,363% (contra 2,247% na quarta-feira) e 2,362% (contra 2,243% na quarta-feira).

Citado pela Efe, o analista do IG Diego Morín explica que a situação na Europa é "bastante delicada", uma questão que se refletiu no aumento descontrolado dos prémios de risco em junho passado, depois da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), na sequência da qual foi anunciado o fim das compras de dívida e o aumento das taxas de juro.

Face a esta escalada, o BCE anunciou um instrumento anti-fragmentação para a zona euro e o reinvestimento flexível das obrigações adquiridas durante a pandemia que teve se início em 01 de julho.

"Vemos que a situação de instabilidade política que a Itália está a viver está mais uma vez a pôr em cheque o mercado europeu de rendimento fixo", afirma Morín, que adverte que, se o Governo italiano não chegar a um acordo e se houver eleições antecipadas, haverá ainda mais instabilidade na zona euro".

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