Labrador: depois da insolvência, marca regressa com novos donos

Publicado a

A marca de roupa para homem Labrador está de regresso com nova loja no local do costume: 1.º piso do centro comercial Amoreiras, em Lisboa, novos donos e um investimento de 500 mil euros.

A marca criada em 1991 foi comprada em janeiro de 2012 pelo The Edge Group, que tem como accionistas Luís Pinto Basto, e e o sócio fundador, Jorge Mira, que se tinha afastado da antiga empresa há cerca que cinco anos.

Satisfeito por ter conseguido reabrir a loja original nas Amoreiras, local onde a marca nasceu, Luís Pinto Basto revela, ao Dinheiro Vivo, que é intenção abrir também uma loja no Porto ainda este ano, "cidade onde a Labrador conta com um número significativo de clientes."

Ciente da "conjuntura económica adversa e que existe uma grande retracção no consumo", Luís Pinto Basto acredita que "o crescimento será gradual mas sustentado, acompanhando a recuperação económica do nosso país."

O novo dono explica que o foco neste momento passa por recuperar a base de clientes da marca, voltando a dar-lhes um produto que deixaram de encontrar no mercado. "Com a consolidação do negócio em Lisboa e Porto iremos ponderar a expansão da marca, em território nacional ou no estrangeiro, mas sempre de forma muito sustentada", diz, advertindo: "queremos evitar que se voltem a cometer alguns dos erros do passado."

O mesmo responsável diz acreditar que "alguns episódios menos felizes relacionados com a insolvência da antiga empresa que explorava a marca Labrador não puseram em causa um legado de 20 anos de qualidade, serviço e bom gosto com que a marca habituou os seus inúmeros e fiéis clientes."

Numa primeira, os novos donos decidiram regressar ao conceito original, para "recuperar e tranquilizar os clientes da marca, que deixaram nos últimos anos de se identificar com a sua evolução", explica Pinto Basto. A partir daí "iremos modernizá-la gradualmente, apresentando novidades em cada estação, mas nunca perdendo a referência tradicional que a caracteriza", acrescenta.

A nova empresa deverá criar cerca de 20 postos de trabalho directos ainda este ano, além dos muitos postos indirectos criados através da produção das peças, feita essencialmente em território nacional.

Com duas décadas de existência, a marca de alfaiataria masculina 100% portuguesa deixa assim para trás um processo de insolvência em 2011, que levou ao encerramento das seis lojas em Portugal e uma em Espanha, em Madrid.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt