"Leve mais, pague menos". Este é o novo modelo de negócio da Makro

Iniciativa da cadeia de distribuição grossista foi concebida para garantir a estabilidade dos seus clientes do canal Horeca e tem três níveis de desconto. Para já estão incluídos 1500 produtos.
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Dá pelo nome de "Leve mais, pague menos", é o novo modelo de negócio da Makro, especialmente concebido para garantir a estabilidade dos seus clientes do canal Horeca (estabelecimentos hoteleiros, de restauração e similares) e foi lançado esta quinta-feira, em todas as lojas portuguesas da cadeia de distribuição grossista.

A intenção, como explicou a diretora de Marcas Próprias, Pricing e MShop ao Dinheiro Vivo é "dar mais vantagens ao cliente, com base na sua necessidade". Cristina Maia detalha que a Makro tem já 1500 produtos selecionados, a funcionar nesta mecânica e que foram escolhidos como base nas compras dos clientes Horeca. "O primeiro critério foi pegar no top de vendas para um cliente Horeca. Depois, as quantidades definidas para os três níveis de desconto também foram com base no perfil deste cliente. Como já sabemos mais ou menos as quantidades que compra, e com base nessas quantidades, fomos aplicando descontos até chegar ao terceiro nível".

Os níveis de desconto são precisamente o que dá o nome ao novo modelo de negócio.

"O primeiro está alinhado com o mercado e aqui falamos de preço de concorrência. No segundo nível de desconto já pedimos que o cliente compre um pack e aí ambicionamos estar pelo menos 5% abaixo do mercado. E, quando passamos para o terceiro nível, chegamos a descontos até 15%, e o cliente leva mais produto", pormenoriza Cristina Maia.

Ou seja, quanto mais o cliente comprar, maior a possibilidade de conseguir pagar menos e ter uma maior poupança. "Tivemos uma ação, durante a manhã, para perceber quanto se podia poupar. Depois da conta feita, verificámos que o cliente tinha poupado 500 euros", contou, ressalvando que se tratou de um carrinho que incluiu azeite, polvo, guardanapos, água com gás e vinho. "Produtos que qualquer restaurante precisa no seu dia a dia".

Para já são cerca de 1500 produtos incluídos no "Leve mais, pague menos", mas até ao final do ano, Cristina Maia gostaria de conseguir chegar aos dois mil.

Da lista não constam produtos frescos como por exemplo, frutas e legumes. "Não faz sentido ter uma mecânica de "Leve mais, pague menos" neste artigos. E, também não queremos incentivar ao desperdício por se comprar demais", afirma a diretora de Marcas Próprias, Pricing e MShop da Makro.

"Não estamos aqui a falar de uma campanha. Isto não é promoção, nós queremos distanciarmo-nos claramente deste jogo da promoção de preço alto e baixo. Queremos dar estabilidade ao nosso cliente", reforçou a responsável, dizendo ainda os produtos de fornecedor também estão incluídos nesta ação. "Esta é uma alteração de negociação, claramente. No entanto, ao diminuir também as referências que compramos e aumentar a quantidade por referência, estou a dar mais visibilidade ao produto do fornecedor em loja, que tem um facing com muito mais espaço, e para o fornecedor também é muito mais fácil organizar-se para a marca. Portanto, operacionalmente, para nós e para o fornecedor é um ganho", considera.

Cristina Maia frisa ainda que qualquer produto que entre no "Leve mais, pague menos" não deverá ser retirado. "Um produto que entra é suposto ficar e não estar num entra e sai. Eu quero garantir estabilidade ao meu cliente e só assim é possível". "Se pensarmos no dia a dia de um restaurante, eles não mudam a ementa consoante os meus preços, nem podem, porque senão nós, clientes, também deixamos de ir lá", diz.

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