Lidl apoia produção sustentável de algodão em África

Cadeia alemã compromete-se a usar apenas algodão 100% sustentável nos seus artigos têxteis, até final de 2022.
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O Lidl associou-se à Cotton Made in Africa e comprometeu-se a, até ao final de 2022, usar apenas algodão 100% sustentável nos seus artigos têxteis. "Sempre que possível, privilegiamos a oferta de produtos com menor impacto ambiental e que contribuem para a sustentabilidade do ecossistema. É uma prioridade que faz parte do nosso ADN", explica Bruno Pereira, administrador de compras do Lidl Portugal.

Fundada em 2005, a Cotton Made in Africa é uma iniciativa da Fundação Aid by Trade, com sede em Hamburgo, na Alemanha, com o objetivo de proteger o meio ambiente e melhorar as condições de vida e de trabalho dos pequenos agricultores africanos. O objetivo da fundação é promover o comércio como forma de melhorar as condições sociais e económicas das populações africanas, em detrimento da simples atribuição de donativos.

Fazem já parte do movimento Cotton Made in Africa cerca de um milhão de pequenos produtores de cerca de dez países da África subsariana, os quais recebem formação quer ao nível dos métodos de cultivo sustentáveis quer de princípios básicos de negócios.
A fundação faz a ligação entre os produtores e as grandes empresas e marcas de moda internacionais: os alemães da Brax, os holandeses da Jolo Fashion Group ou os sul-coreanos da Shinsegae International são alguns dos parceiros mais recentes.

O Lidl juntou-se à iniciativa em fevereiro de 2020. Mas só agora dá conta deste compromisso e da disponibilidade, nas suas 260 lojas em Portugal, de uma coleção de pijamas e de roupa de cama que ostenta o selo Cotton Made in Africa, que "permite a rastreabilidade do algodão utilizado, desde a sua colheita até à rotulagem", garante o responsável do Lidl Portugal. Por cada peça vendida, há uma parte que reverte para a iniciativa, de modo a ser reinvestido nas regiões de cultivo.

Bruno Pereira garante que a empresa tem sido "pioneira", no retalho alimentar, em matéria de sustentabilidade. "Fomos inclusive a primeira, e até à data única, cadeira de retalho alimentar em Portugal que eliminou a venda de sacos de plástico para transporte de compras, no início de 2020, na sequência do nosso compromisso de redução de plástico em 20% até 2025", frisa. No ano passado, a empresa foi um dos membros fundadores do Pacto Português para os Plásticos, a plataforma colaborativa que "pretende liderar pelo exemplo e servir de inspiração no movimento de transição dos plásticos para uma economia circular" e que conta com o apoio do governo.

Questionado sobre quanto reduziu já no consumo de plástico, Bruno Pereira não quantifica; dá exemplos de medidas tomadas, como a retirada do circuito de 25 milhões de sacos de plástico por ano, com a consequente poupança de 675 toneladas deste material anualmente. Ao pôr fim à venda de plásticos descartáveis, decisão de agosto de 2018, evitou-se, diz, a entrada no sistema de 12,5 milhões de copos e de cinco milhões de pratos anualmente. Além disso, o Lidl tem casacos feitos a partir de garrafas de plástico recicladas ou artigos para casa, como cestos da roupa, baldes do lixo e caixas de arrumação que incorporam, pelo menos, 95% de material reciclado.

E para que os clientes saibam o que estão a comprar, criou o selo "embalagem ecorresponsável", entre outras medidas.
Com 341 mil colaboradores em todo o mundo e cerca de 11 550 lojas em 32 países, esta é uma empresa de retalho do grupo alemão Schwarz que, no ano fiscal de 2020, gerou uma faturação global de 125,3 mil milhões de euros. Só em Portugal, onde está presente há mais de 25 anos, o Lidl conta com mais de 8200 trabalhadores.

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