Lisboa e Porto continuam em franco crescimento no mercado de escritórios

Em janeiro, foram transacionados em Lisboa um total de 13 300 m2 de área de escritórios e, no Porto, 2300 m2. Todas as operações foram para ocupação imediata, revela a consultora imobiliária JLL.
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O mês de janeiro dá continuidade à tendência observada no mercado de escritórios em Lisboa e Porto nos últimos meses. Estas duas cidades têm tido um crescimento exponencial, com uma ocupação agregada de mais de 15 500 m2 de área de escritórios, contabilizando 21 operações, todas para ocupação imediata, segundo um relatório da consultora imobiliária JLL.

O Office Flashpoint, relatório que analisa mensalmente o desempenho deste setor, em janeiro, registou 13 300 m2 de área ocupada em Lisboa, correspondente a três operações, e 2300 m2 de ocupação no Porto, com seis operações.

Em ambos os casos, a ocupação de janeiro alinha com os níveis pré-covid e apresenta um crescimento exponencial face a janeiro de 2021, quando se entrou num confinamento geral.

Para a Head of Office Leasing da JLL, Sofia Tavares, "o facto da totalidade da área negociada ser para ocupação imediata é um sinal muito animador para o ano que se inicia e reflete bem que o setor está em forte retoma. Há muitos desafios futuros na forma como as empresas vão ocupar os espaços, é um facto, mas o que podemos concluir é que a procura é real e está ativa, e que o escritório físico não desapareceu".

"Ao mesmo tempo, esta dinâmica é um reflexo também da confiança das empresas na economia, o que abre igualmente ótimas expectativas para 2022. Será o ano de regresso aos níveis pré-pandemia", afirma Sofia Tavares, em comunicado.

Em Lisboa, a ocupação de escritórios foi marcada por "Serviços a Empresas", que garantiram 46% da área ocupada, realçando ainda "Outros Serviços", com 18% do take-up. Relativamente a destinos preferidos, o Prime CBD (zona 1) agregou 63% da procura, seguido do Corredor Oeste (zona 6), com 22% da área ocupada. A área média por negócio foi de 885 m2, registando-se a realização de três operações com áreas superiores a 1.000 m2, em que se incluem os 1.600 m2 da Renault, no Lagoas Park, e os 1.300 m2 da Amorim Luxury Group, no edifício Eurolex.

Já no Porto, a ocupação no mesmo mês foi também dinamizada por negócios associados a "Serviços a Empresas", responsáveis por 59% da área negociada, e por "TMT"s & Utilities", com 29% do take-up. O CBD Boavista (zona 1), com 46% do take-up mensal, liderou as preferências, seguindo-se a zona Oriental (zona 4), com 42% da área absorvida.

Comparando as duas cidades, a dimensão média das operações foi bastante menor no Porto em relação a Lisboa, ficando em 390 m2 e registando-se apenas um negócio próximo dos 1.000 m2.

Entre as operações de janeiro incluem-se a tomada de área pela Mercer Portugal no Mercado do Bom Sucesso e da TD Techdata na Torre Burgo, ambas envolvendo áreas entre 350 e 400 m2.

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