Lisboa renova título de quinto melhor destino mundial para nómadas digitais

A capital portuguesa mantém-se atrativa para estes profissionais, mas o custo das rendas está a tornar-se "um ponto de pressão".
O aumento das rendas dos imóveis residenciais pode desviar os nómadas digitais para outros destinos.
O aumento das rendas dos imóveis residenciais pode desviar os nómadas digitais para outros destinos.D.R.
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Lisboa volta a posicionar-se como o quinto melhor destino a nível mundial para os nómadas digitais, revela o estudo Executive Nomad Index, da Savills. Pelo segundo ano consecutivo, a capital portuguesa mantém-se nos lugares cimeiros da tabela, que analisa 25 destinos do mundo. O Algarve ocupa a nona posição.

O Dubai renovou, em 2024, a posição de liderança, também pelo segundo ano consecutivo, como o melhor destino a nível mundial para os nómadas digitais. Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos ocupa agora a segunda posição do ranking. No top 10, destacam-se Málaga (3º), em Espanha, Miami (4º), nos EUA, Barcelona (6º), em Espanha, Palma (7º), em Espanha, Barbados (8º), Algarve (9º, como já referido), em Portugal e a fechar Santa Lúcia. 

Lisboa manteve-se entre os cinco principais destinos para Nómadas Digitais desde que lançámos o nosso índice em 2022", sublinha em comunicado Miguel Lacerda, Lisbon Residential Director, da Savills Portugal. Na sua opinião, isso deve-se "à elevada qualidade de vida que Portugal oferece em comparação com muitos dos seus pares, combinada com fortes desempenhos em todas as outras categorias". 

A conectividade, a inovação, um cenário cultural diversificado e um bom clima durante todo o ano são fatores-chave que tornam Lisboa atrativa para os nómadas digitais, elenca o responsável. No entanto, alerta, o aumento das rendas dos imóveis residenciais está a tornar-se "um ponto de pressão". 

E não é só em Lisboa. "As rendas prime aumentaram, em média, 5% no último ano nas 25 localizações monitorizadas no índice Savills, com alguns mercados urbanos a registarem aumentos superiores a 15%”, revela Kelcie Sellers, Associate Director da Savills World Research.

No Executive Nomad Index, da Savills, todas as localizações estudadas apresentam um programa de vistos para nómadas digitais, ou equivalente, ou no caso dos EUA e dos países europeus, fazem parte de um grande bloco económico que permite a livre circulação de pessoas para viver ou trabalhar.

Segundo o relatório, entre os fatores em destaque comuns a estes destinos encontram-se o clima favorável ​​durante todo o ano, uma elevada qualidade de vida e um mercado estabelecido de imóveis residenciais prime. Aliás, o top 10 continua a ter uma forte presença de cidades com acesso à praia. 

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