Na primeira semana de reabertura dos centros comercias, entre 19 a 25 de abrll, os lojistas registaram uma quebra de 25,5% nos shoppings e de 33,3% nas lojas de rua face aos valores pré-pandemia. Os dados são do inquérito da Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) junto dos associados e contrariam os reportados pelo sistema de pagamentos eletrónicos ReUniq, que apontava para uma subida de 13% das vendas nas lojas dos shoppings na semana da reabertura em relação ao período anterior à pandemia.."A RedUniq divulgou também alguns dados recentemente, que precisam ser analisados com cuidado. Em primeiro lugar porque apenas contabilizam pagamentos feitos por meios eletrónicos o que, embora haja mais utilizadores, não dá a conhecer todo o universo. Em segundo lugar, não incluiu o fim de semana, dias em que os lojistas tiveram de encerrar às 13h, levando a que as perdas tenham sido muito superiores. Não é possível continuarmos com restrições horárias e de lotação tão restritas, para o bem da sobrevivência de dois setores vitais para a economia nacional", diz Miguel Pina Martins, presidente da AMRR, citado em nota de imprensa, repetindo alguns dos alertas que tinha referido quando foram conhecidos os dados da ReUniq..O inquérito realizado junto aos associados da AMRR - que representam mais de 3.500 lojas e restaurantes em centros comercias e lojas de rua - dão conta de quebras de vendas na semana de 19 e 25 de abril até menos 28,3% comparando com o período homólogo de 2019 e que, na primeira semana de reabertura dos centros comerciais, os lojistas presentes nestes espaços reportaram perdas de 25,6% face ao mesmo período no ano passado e os lojistas de rua reportaram perdas de 33,3%.."Não vale a pena atirar areia para os olhos das pessoas. Estamos todos com sede de boas notícias, e seria ótimo que pudéssemos assistir a uma rápida recuperação económica. Mas temos de encarar a realidade que ao longo do último ano, a generalidade das lojas esteve encerrada durante 6 meses e durante o restante período encontra-se limitada em horários e lotação. Os lojistas precisam de apoios", diz Miguel Pina Martins..Em março, dados de um outro inquérito da AMRR junto aos associados dava conta que 82% das empresas de retalho e restauração admitiam despedimentos sem apoios em 2021, e que 97% considera importante ou muito importante a isenção das rendas ou do apoio ao seu pagamento durante o período de encerramento. No mesmo inquérito, 74% das empresas considerou ainda importante ou muito importante o prolongamento das moratórias de crédito.