Lucros da Martifer sobem para 9,8 milhões

Os resultados do primeiro semestre do ano do grupo de Oliveira de Frades revelam porém um recuo da faturação para 103,7 milhões de euros.
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A Martifer registou, no primeiro semestre do ano, lucros de 9,8 milhões de euros, mais quatro milhões do que igual período de 2021, revelou o grupo de Oliveira de Frades num comunicado enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Contudo, a faturação caiu de 125,3 milhões para 103,7 milhões de euros sobretudo pela quebra no negócio da indústria naval que rendeu apenas 32,3 milhões de euros, menos 20,2 milhões do que há um ano. No setor metalomecânico, as receitas caíram para metade para os 61,1 milhões de euros.

Em sentido inverso, a área das energias renováveis cresceu 4,6 milhões para os 11,2 milhões de euros.

Em relação à dívida líquida, registou-se uma diminuição de 70 para 43 milhões de euros, na primeira metade do ano,

Depois de dois anos fortemente marcados pela pandemia, a empresa considera que, em 2022, "tem-se verificado o desvanecimento do impacto do coronavírus, o que impulsionou a retoma da normalidade em termos operacionais do grupo, sem registo de grandes impactos ao nível da laboração, permitindo uma recuperação do nível da produtividade com a redução do absentismo e a retoma da normalidade ao nível das deslocações".

No segmento do turismo, que afeta diretamente o negócio da indústria naval, "têm-se verificado uma recuperação mais lenta que o expectável, e daqui decorre que os clientes que têm forte exposição às atividades turísticas mantenham as suas indefinições quanto ao futuro e os seus planos de investimento em suspenso", admite o grupo de Oliveira de Frades.

A Martifer reconhece também que "decorrente da guerra na Ucrânia tem-se verificado maiores dificuldades nas cadeias de abastecimento (logística fortemente impactada pela escassez de materiais, equipamentos, consumíveis, etc.), flutuações elevadas ao nível dos preços que tem originado muitas incertezas ao nível dos preços das matérias-primas e dos equipamentos e incertezas ao nível dos prazos de entregas".

"Também a energia tem estado sob grande pressão com os preços a atingir máximos históricos" e há "muita incerteza quanto aos abastecimentos elétricos de vários países", o que tem afetado o grupo "ao nível da degradação das margens em contratos sem revisão de preços, por via do aumento dos custos", concluiu a Martifer.

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