Lucros da Navigator caem 15% para 137 milhões de euros no primeiro semestre

Volume de negócios da produtora de pasta de papel recuou 14,2% para 979,5 milhões de euros até junho.
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A Navigator registou um resultado líquido positivo de 137,4 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, revelou esta sexta-feira, 21, em comunicado. As contas representam um tombo de 15% em comparação com os lucros de 161,9 milhões de euros atingidos no mesmo período de 2022.

A papeleira justifica que com "atual contexto de abrandamento económico", o processo de "destocking está a demorar mais do que o antecipado"

"Depois de um ano de 2022 marcado por uma anormal escassez de oferta papeleira na Europa, sobretudo na 1ª metade do ano, com consequente volume anormal de encomendas, a normalização das condições de mercado, condicionou fortemente o setor no primeiro semestre de 2023, tendo-se assistido à continuação do processo lento de redução dos stocks acumulados em toda a cadeia de distribuição, ao longo do ano transato. Este desequilíbrio afetou significativamente a procura em todos os segmentos de papel, à exceção do segmento de tissue", aponta.

Apesar do tombo nos resultados face ao primeiro semestre de 2022, a papeleira destaca o "segundo melhor 1º semestre da história da empresa" alavancado com o "foco das equipas da Navigator na eficiência das operações e controlo de custos, a par com a manutenção dos preços internacionais de papel e tissue, em níveis ainda historicamente elevados".

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) recuou 26,6% para 253 milhões de euros no final de junho apresentando uma margem sobre as vendas mais curta, de 25,8% (-4,2%).

O volume de negócios caiu 14,2% para 979,5 milhões de euros e o valor das vendas recuou 23%. "A Navigator conseguiu manter um nível de preços e um foco nas marcas de fábrica e segmentos premium de produto, que permitiu compensar parcialmente o decréscimo de volumes", acrescenta.

Já valor do investimento cresceu 78,3 milhões de euros para 113 milhões de euros sendo que mais de metade deste valor, 69 milhões de euros, "integram investimentos em melhorias ambientais ou de cariz sustentável".

A produtora de pasta e papel destaca que os custos de logística, energia e de algumas matérias-primas, sofreram uma redução "significativa" entre abril e junho o que ajudou a compensar "parcialmente a redução de volumes de venda de papel".

"Fechamos o 1º semestre de 2023 com uma quebra acentuada dos cash costs em todos os segmentos, uma redução média de cerca de 8% nos segmentos de pasta e papel e de perto de 5% no segmento de Tissue, face aos registados no último semestre de 2022", compara.

A dívida líquida remunerada subiu 51,9 milhões de euros fixando-se em 572,5 milhões de euros.

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