A Laranjinha, marca nacional de vestuário infantil, vai abrir, a 25 de Agosto, a sua primeira loja no exterior. Madrid foi a cidade escolhida para receber a 'flagship store' que irá ajudar a impulsionar as vendas da Laranjinha nos canais multimarca. No espaço máximo de um ano surgirá uma segunda loja na capital espanhola. Paris e Londres são objectivos da marca, mas que aguardam "momento oportuno", adiantou, em entrevista ao Dinheiro Vivo, o administrador Luís Figueiredo.Detida pela Hall & Cª, com sede no Porto, a Laranjinha destina cerca de 65% das suas vendas para o exterior, sendo que Espanha e Itália, em conjunto, absorvem 60% das exportações. Não admira, por isso, a aposta a empresa no país vizinho. "É um mercado muito importante para nós e a ecolha de Madrid deveu-se à visibilidade que nos dá uma loja na capital. Além disso, sentimos que há uma grande identificação do tipo de cliente madrileno com os nossos produtos", adianta Luís Figueiredo.A nova loja, que se situará no bairro de Salamanca, numa zona privilegiada da capital madrilena, corresponde a um investimento de 300 mil euros, essencialmente destinados às obras e à decoração do espaço. "Pretendemos abrir uma segunda loja em Madrid, no espaço de uma ou duas estações", leia-se entre seis meses a um ano. Em Portugal, a Laranjinha conta cinco lojas próprias e dois 'corners' no El Corte Inglès de Lisboa e Porto. "O nosso negócio sempre foi o de trabalhar para os clientes multi-marca espalhados pelo mundo.As lojas funcionam mais uma promoção da imagem da marca do que propriamente um negócio em si, pelo que abrimos estes espaços com conta, peso e medida para não corrermos o risco de concorrer com os nossos clientes", refere o responsável da empresa.Assim, os espaços são escolhidos em "pontos estratégicos que beneficiam a marca e, por essa via, também os clientes multi-marca", adianta. O arranque da aposta no retalho data de 2005, estando a marca presente com duas lojas no Porto e três na Grande Lisboa. Para já, não há intenção de abrir mais, já que todos os esforços estão direccionados para os mercados externos. Questionado sobre a possibilidade de franchisar a Laranjinha, Luís Figueiredo admite que esse é um dossier "em estudo", embora se assuma "cauteloso" em relação à matéria. "Temos imensos pedidos de variadíssimos países mas acredito que temos de aprender com quem nos antecedeu. E a verdade é que as marcas portuguesas que se envolveram em projectos de franchising não foram muito bem sucedidas", refere.O administrador da Hall & Cª lembra que assegurar a gestão de um espaço a partir de Portugal num mercado externo que não o espanhol, "é muito difícil", pelo que a empresa "terá de encontrar parceiros". Se será por via do franchising ou de uma participação na gestão efectiva do projecto, "é algo ainda a ver", diz.