No futuro, o governador continuará a ser indicado pelo governo, mas esta escolha estará sujeita à audição prévia dos candidatos e à emissão de um parecer por parte do Parlamento..O PS chegou a considerar a hipótese de a escolha envolver o Chefe de Estado e o Parlamento, mas as dúvidas constitucionais que o modelo poderia suscitar, levaram os socialistas a propor um modelo remete para o Conselho de Ministros a decisão de escolher o nome do futuro governador, mas apenas depois de haver uma proposta do ministro das Finanças e de os nomes indicados serem ouvidos e sujeitos a emissão de parecer por parte do Parlamento..Ao mesmo tempo, o diploma agora aprovado retira da alçada do ministro das Finanças a proposta dos restantes membros do Conselho de Administração do BdP, passando a sua designação a ser feita através de resolução do Conselho de Ministros, mediante a proposta do governador e após audição e parecer da AR..Será ainda necessário que os membros do Conselho de Administração assegurem a representação mínima de 33% de cada género..Esta proposta de mudança foi justifica pelo PS pelo facto de o partido liderado por António Costa entender ser necessário independência na "designação do Governador do Banco de Portugal e dos demais membros do Conselho de Administração". Atualmente esta escolha está exclusivamente nas mãos do governo e do ministro das Finanças (no caso do CA)..O diploma será agora objetivo de discussão em Comissão. Só depois definitivamente aprovado. Esta é a quarta alteração à lei que enquadra a nomeação do governador do BdP e restantes elementos do Conselho de Administração..Recorde-se que a mais recente alteração na Administração do supervisor do sistema financeiro ocorreu em setembro do ano passado, com a tomada de posse de Hélder Rosalino e António Varela .