A proporção de empregados em teletrabalho subiu ligeiramente no primeiro trimestre deste ano face ao final de 2021, para cerca de 10,4% do emprego total na economia portuguesa, revelou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). São mais de 510 mil pessoas a trabalhar remotamente no País.
Trata-se do segundo valor mais baixo desde o início da pandemia, mas aumentou face ao final do ano passado, havendo agora mais de meio milhão de trabalhadores que exercem a profissão sempre ou quase sempre a partir de casa.
Segundo o INE, "a proporção da população empregada que trabalhou sempre ou quase sempre a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação, isto é, em teletrabalho, foi 10,4%, abrangendo 510,2 mil pessoas".
Aqueles 10,4% "correspondem à segunda menor proporção neste indicador" desde que o fenómeno começou a ser acompanhado no 2.º trimestre de 2020. Até agora, o mínimo desta série aconteceu na reta final do ano passado, altura em que 9,3% dos trabalhadores estavam a trabalhar remotamente.
Portanto, no período de janeiro a março de 2022, a incidência do trabalho remoto aumentou em 1,1 pontos percentuais (p.p.) do emprego total face ao último trimestre de 2021.
Isto reflete um aumento trimestral significativo do número de teletrabalhadores. Eram 455 mil no último trimestre do ano passado, agora (primeiro trimestre de 2022) são mais de 510 mil pessoas. É uma subida em cadeia de 12%.
No entanto, a proporção é 10,3 p.p. inferior face ao pico da pandemia, no 1.º trimestre de 2021, "correspondendo à segunda menor proporção deste indicador desde que começou a ser acompanhado há oito trimestres", refere o INE.