Mais de 70% dos produtos da marca Continente são produzidos em Portugal

Publicado a

Cerca de 71,5% dos produtos de marca própria do Continente são fabricados em Portugal e produtos como o arroz carolino, atum em lata, farinhas, batatas fritas, azeite, ovos e sal são 100% nacionais. A garantia é dada pela presidente do Clube de Produtores Continente, que este ano cumpre 15 anos de atividade e mostra o melhor da produção nacional na quarta edição do "Mercado de Sabores", que começa hoje na Alfândega do Porto e termina no domingo, dia 6.Em entrevista ao "Dinheiro Vivo", Ivone Silva, destaca que "o apoio à produção nacional tem sido um dos grandes objetivos do Continente, privilegiando os fornecedores nacionais e reforçando, ano após ano, o volume de compras de produtos portugueses". Como resultado deste trabalho o peso da produção nacional tem crescido nas lojas da insígnia de grande distribuição da Sonae."Orgulhamo-nos de afirmar que , no total, cerca de 71,5% dos produtos de Marca Própria são produzidos em Portugal. Produtos de Marca Continente como o arroz carolino, o atum em lata, as farinhas, batatas fritas, o azeite, os ovos e o sal são 100% produzidos em Portugal", adianta a presidente do CPC.A responsável refere, ainda, que a nível dos perecíveis, 84,5% são portugueses. Nesta gama, os legumes representam cerca de 94% e as frutas 85% de produção nacional. No leite, 64% das referências de marcas Continente são produzidas em Portugal e 90% do leite comercializado nas lojas tem origem no nosso país. Ainda no setor dos produtos agro-alimentares, Ivone Silva, salienta que 90% da carne de aves comercializada é nacional, 70% da carne de porco tem origem em Portugal, assim como 99% do arroz e 96% do vinho.Fora do segmento alimentar, a aposta na produção nacional destaca-se nos produtos de higiene e limpeza. Segundo Ivone Silva, 66% destes produtos no Continente são de produção nacional.Aqui "destacam-se o gel de banho Marca Própria que é 100% produzido em Portugal, os produtos de limpeza de casa, cuja produção nacional é de cerca de 74%, e tem vindo a aumentar ao longo dos anos, os produtos de papel e consumíveis, com cerca de 98% (o papel higiénico é 100%), e os básicos de saúde (álcool, algodão) é cerca de 72%". A crise é uma "oportunidade"Nestes 15 anos de existência o CPC, que começou em 1998 com 96 produtores, conta com 260 membros, que corresponde a mais de 4 mil produtores individuais, e comprou à produção nacional mais de 1 milhão de toneladas, ultrapassando os mil milhões de euros. Neste momento estão associados ao clube cerca de 12.800 postos de trabalho.A crise que Portugal vive há vários anos é vista por Ivone Silva como uma "oportunidade" para estes produtores. "A crise é de certa forma uma oportunidade para relançar aquilo que de melhor produzimos no nosso país. estamos certos de que promover e apoiar a produção nacional é uma forma de aumentarmos a nossa competitividade e, consequentemente, dinamizar a economia nacional. Os números têm sido reveladores desta tendência", defende a presidente do CPC.No ano passado as compras do CPC atingiram o valor de 235 milhões de euros (331 mil toneladas de produtos), um aumento de 33,5%, em relação a 2011. "No primeiro semestre de 2013 a atividade do Clube de Produtores aumentou o valor de compras em 4,7%, atingindo as 56 mil toneladas em volume de compras", destaca Ivone Silva.A partir de hoje e até domingo, 79 produtores nacionais das regiões Norte, Centro e

Vale do Tejo, Sul e Ilhas, vão mostrar os seus produtos na quarta edição do "Mercado de Sabores". A novidade deste ano é a associação da gastronomia ao entretenimento, juntando os melhores Chefs Continente a músicos nacionais para a criação de receitas e músicas exclusivas.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt