O presidente de saída da Autoridade da Concorrência defende o trabalho realizado pela entidade de regulação, considerando que a supervisão no mercado de combustíveis atua efetivamente bem.
Em entrevista ao Diário Económico, Manuel Sebastião, que vai abandonar a liderança do regulador no final desta semana e após cinco anos, qualifica de "demagógica e populista" a discussão em torno do preço dos combustíveis, considerando que as críticas à AdC "não são fundamentadas".
"Tivemos de enfrentar os períodos mais demagógicos e populistas em torno da situação do preço dos combustíveis líquidos", disse Manuel Sebastião.
O líder da AdC recorda que o regulador foi atacado diversas vezes por diferentes quadrantes. "Foram períodos de altíssima demagogia e sobretudo quando essa demagogia era conduzida por pessoas ou instituições, não citarei nomes, que tinham todo o conhecimento e toda a obrigação de perceber que a situação não era de facto uma situação de concorrência, era uma situação internacional complicada e que a AdC estava a fazer um trabalho profissional, com grande integridade intelectual."
Sobre o seu sucessor, António Ferreira Gomes, o presidente do regulador considera que este "é uma pessoa muitíssimo bem preparada", depois dos nomes de Luís Pais Antunes e Álvaro Almeida terem ficado pelo caminho.