Marca “Beckham” paga fortunas aos acionistas

Fora dos relvados, antigo craque inglês continua a faturar e a fazer outros faturarem, via conteúdo digital, patrocínios e lançamentos de novos produtos nos EUA
Marca “Beckham” paga fortunas aos acionistas
Instagram David Beckham
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Os negócios da marca de David Beckham pagaram cerca de 124 milhões de dólares em dividendos, de acordo com as contas divulgadas na última semana de 2024. O aumento dos lucros da DRJB Holdings, a empresa que reúne os investimentos do antigo atleta e cujo nome alude às iniciais dos nomes, David Robert Joseph Beckham, do antigo craque, deveu-se, sobretudo, a conteúdo digital, a patrocínios e ao lançamento de novos produtos de consumo.

De acordo com os relatórios e contas, fechadas na segunda-feira dia 30 de dezembro, a DRJB Holdings pagou aos seus acionistas dividendos de 28.5 milhões de dólares, bem como 38.9 milhões em pagamentos de ações preferenciais, diz o britânico The Financial Times (FT).

As contas também mostram que, após o final de 2023, um dividendo final de 5,6 milhões foi pago contra ações preferenciais no primeiro trimestre de 2024, enquanto dividendos ordinários de 51 milhões foram para os bolsos dos acionistas.

Uma fonte do FT disse ao jornal , sob anonimato, que os dividendos foram repartidos entre a Authentic Brands, dona de 55% do grupo, e a Footwork Productions, a empresa de Beckham, que detém o restante. Entretanto, como a Authentic Brands recebeu todos os dividendos sobre as ações preferenciais, o ex-jogador teria ganhado cerca de 36 milhões de dólares com a sua participação na empresa, segundo a mesma fonte.

A Authentic Brands, proprietária ainda das marcas Forever 21 e Barneys New York e com direitos sobre as marcas de estrelas como o ex-basquetebolista Shaquille O’Neal, pagou cerca de 269 milhões de dólares por aquela participação de 55%, em 2022.

A DRJB Holdings, entretanto, destaca a popularidade contínua da “marca Beckham” mesmo mais de uma década depois de o ex-jogador do Manchester United, do Real Madrid, da seleção inglesa e de outras equipas se ter retirado dos relvados.

A David Beckham Ventures Limited, principal fatia da DRJB Holdings, detém a maior parte do seu portefólio de marcas e obtém receitas de licenciamento de empresas como Boss, Stella Artois e Paramount. Além disso, controla a Studio 99, produtora que fez o documentário de Beckham para a Netflix e produz campanhas de marketing para parceiros da marca.

Beckham e a sua equipa permanecem ativos na promoção da sua imagem pública, de que o citado popular documentário faz parte, e transformam-na em fluxo de receita lucrativo através de acordos de marketing com marcas interessadas em associar-se ao astro, diz ainda o jornal.

Beckham também tem 10% do Salford City, através do Project 92, ao lado de antigos companheiros de equipa nas camadas jovens e na equipa profissional do Manchester United, como Gary Neville, Ryan Giggs, Nicky Butt, Phil Neville e Paul Scholes, e é cofundador e coproprietário do Inter Miami, clube da Major League Soccer (MLS) onde joga Lionel Messi.

O inglês, aliás, mudou o futebol nos EUA quando, em 2007, chegou ao Los Angeles Galaxy e a MLS aproveitou o momento para criar a figura do designated player ou Lei Beckham: até então, os clubes tinham um limite salarial para os jogadores; desde a chegada do britânico passaram a poder gastar o que quisessem num astro mundial. Graças à regra, depois dele desembarcaram outros foras-de-série como Wayne Rooney (DC United), Thierry Henry (New York Red Bulls), Kaká (Orlando City) ou o já citado Messi.

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