Os jogos de tabuleiro serão os primeiros a regressar ao mercado,
mas em breve também haverá brinquedos, roupas e material escolar da
Majora. O plano do The Edge Group, que comprou os direitos da marca e
o Museu Majora ao Montepio, é fazer parcerias com empresas
diferentes para cada área.
"Estamos a selecionar um conjunto de parceiros para cada uma das
áreas de negócio que acreditamos que a Majora tem potencial para
explorar", disse ao Dinheiro Vivo José Luís Pinto Basto, CEO do
Edge Group. O grupo vai começar pelos jogos de tabuleiro, por ser a
área em que a Majora sempre foi mais forte. Mas não só. "Estamos
também a falar e a prever outro tipo de parcerias, na área de
brinquedos, material escolar e roupa de criança. Temos uma série de
ideias de áreas onde queremos relançar a marca e vamos escolher um
parceiro para cada uma dessas áreas."
Este é um investimento de cerca de um milhão de euros do Edge
Group, que irá relançar oficialmente a marca a 1 de junho.
"Esperamos fechar essa parceria no primeiro trimestre, começar a
produzir os jogos e rapidamente entrar no mercado." O grupo tem
alguma pressa, porque não quer que a Majora desapareça das lojas,
onde ainda há stock anterior a ser escoado. "Tencionamos lançar
uma exposição comemorativa dos 75 anos da Majora e fazer o anúncio
do relançamento da empresa a coincidir com o Dia da Criança",
revelou o responsável.
A segunda área prioritária é a dos jogos digitais. "Já
estamos com negociações com empresas de jogos digitais para entrar
neste meio, porque tem uma grande vantagem: é muito mais facilmente
globalizável." O Edge Group quer internacionalizar a marca Majora
fora dos PALOPS (onde tem presença forte) e vai fazê-lo ao
contrário: primeiro os jogos digitais, depois os jogos de tabuleiro
e as outras áreas de negócio previstas, como os brinquedos.
Quanto à produção, dependerá do parceiro. Não há planos para
reativar a unidade que era usada pelos anteriores donos da Majora.