É argentino, está na Philip Morris desde 20003 e esteve, nos últimos cinco anos, à frente dos negócios da gigante do tabaco na região da África do Sul e Ilhas do Índico, num total de oito mercados, com a responsabilidade de desenvolver o processo de transformação de negócio da PMI rumo a um futuro sem fumo através da inovação, da digitalização e da mobilização de talento em torno destes objetivos.
Agora, Marcelo Nico assume o lugar até aqui ocupado por Miguel Matos - designado pela PMI como Managing Director dos mercados BENELUX - à frente dos destinos da Tabaqueira. Enquanto diretor-geral, será ele a liderar a maior empresa de fabrico e comercialização de tabaco em Portugal e um dos maiores centros de produção do grupo PMI na Europa.
"É com grande entusiasmo que assumo a liderança da Tabaqueira, uma empresa que se destaca no mercado nacional, com um peso relevante na economia do país e com uma história e um legado que me inspiram e motivam", reage o novo homem do leme, em comunicação enviada ao Dinheiro Vivo. "A experiência que trago de 17 anos na PMI, cinco dos quais como responsável pelo cluster de mercados da África do Sul, será posta ao serviço da visão de crescimento que a PMI tem para o grupo", assegura o novo diretor-geral.
Dirigindo-se especificamente à equipa portuguesa, o argentino sublinha ainda que conta "com todos" para a Tabaqueira continuar a ser "um exemplo de continuada geração de valor - para o grupo, para a sociedade e para um futuro melhor". E garante-se totalmente empenhado na sua nova missão: "Contem com o meu sentido de compromisso para continuarmos a ser uma empresa de referência em Portugal e a afirmar a nossa organização como um motor de inovação, de sustentabilidade e de transformação."
Fundada em 1927 e desde 1997 subsidiária da Philip Morris International em Portugal, a Tabaqueira é uma das dez maiores exportadoras nacionais, tendo arrancado há cinco anos a comercialização de IQOS no país - uma inovadora forma de consumo de tabaco, sem combustão, menos nociva do que continuar a fumar cigarros e que conta já com mais de 16 milhões de consumidores adultos em todo o mundo e aproximadamente 250 mil a nível nacional. Portugal foi o quarto país no mundo a introduzir este sistema inovador.
Localizada em Sintra, a Tabaqueira emprega mais de 900 pessoas e, em 2019, exportou mais de 80% da sua produção para 17 países (aproximadamente 600 milhões de euros).
"Com base nos dados apurados pela Tabaqueira, com um aumento de cerca de 13% nas exportações em 2020, assumimos com orgulho o nosso contributo para a economia e emprego nacionais. A Tabaqueira é uma empresa apostada em contribuir para a construção de um futuro melhor assente no desígnio de que é possível reduzir a nocividade dos produtos de tabaco e construir um mundo livre de fumo."
"Desfumar o mundo" é o novo lema da companhia a nível mundial, uma transformação levada a cabo nos últimos anos e que conta com uma vasta equipa de cientistas e investigadores. Até 2025, a empresa quer transferir mais de 40 milhões de fumadores adultos para produtos alternativos sem combustão.
Sucessivamente premiada pelas suas boas práticas, do uso consciente de água à igualdade salarial entre homens e mulheres, a Tabaqueira é já considerada um case study ambiental na Philip Morris Internacional, tendo investido "15 a 20 milhões de euros" em Portugal no último ano. Desde a sua privatização esse valor já ascende a 360 milhões de euros.
Com planos de expansão a ser cumpridos, e que poderão passar por começar a produzir heatsticks em Sintra, em novembro a Tabaqueira abriu mais um ponto de venda próprio, não prevendo abrandar. "Durante o ano de 2021 iremos manter esta expansão, mas sempre alinhada com outras soluções de retalho, sobretudo mantendo as parcerias com os múltiplos parceiros de negócio que dão suporte à comercialização diária dos nossos produtos, como tabacarias e lojas de conveniência", garantiu ao Dinheiro Vivo Paulo Pires, responsável pela área empresarial, consumo e canais de retalho direto da Tabaqueira, no final do ano.
Com a fábrica a trabalhar a 100% durante a pandemia, 24 horas por dia - e até por vezes ao sábado para garantir a constituição de stocks para fazer face a potenciais interrupções de fornecimento, a empresa antecipa que as suas vendas até tenham subido em 2020, com as exportações a aumentar entre 8% e 10%.