Médicos e enfermeiros terão limite mínimo à remuneração

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O ministro da Saúde, Paulo Macedo, encontrou-se esta tarde

com a Ordem de Enfermeiros e garantiu que vai introduzir limites

mínimos à remuneração dos enfermeiros e médicos. "Passa a

haver um novo patamar mínimo sempre que houver contratos de

serviços", afirmou o ministro, repetindo que a denúncia de que

a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo estaria

a contratar enfermeiros por menos de quatro euros por hora está a

ser investigada.

Esta noite, numa conferência de imprensa conjunta, o Sindicato

Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos

(FNAM) comunicaram que vão manter a greve de quarta e quinta-feira.

Os médicos exigem a anulação do concurso para aquisição de

serviços médicos pagos à hora.

O presidente do SIM, Roque da Cunha, reforçou que todos os

hospitais terão médicos a cumprir os serviços mínimos e que os

doentes que não tiverem consulta nesses dias poderão tê-la nos

dias imediatamente a seguir, garantindo porém que a paralisação

vai avançar e só depois de sexta-feira os sindicatos estarão

disponíveis para conversar com o Ministério. "O processo

negocial deve ser feito de forma séria e não sob a pressão de uma

greve", justificou Roque da Cunha.

As contrapropostas apresentadas aos sindicatos no sábado à noite

pelo ministro da Saúde "não correspondem minimamente ao que os

médicos reivindicam", afirmou o presidente do FNAM, e consistem

apenas em "medidas corretivas e de cosmética". Os

sindicalistas não aceitam a contratação de "médicos low

cost" para tarefas permanentes e repetidas, e exigem contratos,

até para haver progressão na carreira, completou Sérgio Esperança.

Com Lusa

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