O mercado financeiro reduziu hoje, pela terceira semana consecutiva, a sua expetativa de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que ficou em 2,99%, segundo o boletim Focus do Banco Central.
Esta foi a primeira vez este ano que a previsão do mercado para o crescimento do PIB ficou abaixo dos 3%.
A estimativa oficial é de 4,5%, apesar de o Governo já ter dado indícios de que poderá reduzir esta meta, face ao baixo desempenho de alguns setores industriais. No ano passado, o PIB brasileiro cresceu 2,7%.
A previsão para o aumento da inflação também caiu, ao passar de 5,21 por cento, na semana passada, para 5,17 por cento, esta semana.
O Governo trabalha com uma meta de inflação de 4,5 por cento, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O mercado aposta ainda numa queda na taxa básica de juros (Selic) para oito por cento ao ano. Atualmente, a taxa está em nove por cento, índice já considerado baixo para os padrões brasileiros.
O boletim Focus é elaborado pelo Banco Central a partir de consultas a instituições financeiras e indica, semanalmente, como o mercado percebe o comportamento da economia.
As reduções na previsão de crescimento foram feitas a despeito das últimas medidas de estímulo à indústria e ao crédito, anunciadas pela equipa económica da Presidente Dilma Rousseff.