Mercado imobiliário de luxo tem crescido em Portugal

"O Futuro do Imobiliário em Portugal" será o tema em discussão num webinar promovido pela Porta da Frente e pela Luximos, duas empresas da rede Christie"s International Real Estate. Este evento será emitido no dia 6 de julho, pelas 11:00, no site do Dinheiro Vivo.
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"O mercado imobiliário premium nacional tem conhecido um franco desenvolvimento nos últimos anos e Portugal ganhou um lugar insubstituível enquanto um dos destinos mais atrativos para investir", refere Rafael Ascenso, fundador e diretor-geral da Porta da Frente, uma empresa nacional do ramo imobiliário que faz parte da rede Christie"s International Real Estate. Este responsável marcará presença, ao lado de Ricardo Costa, CEO da Luximos, no debate "O Futuro do Imobiliário em Portugal", no qual serão discutidas questões essenciais deste mercado, com especial destaque para o segmento do luxo, e que será emitido no dia 6 de julho, pelas 11h00 no site Dinheiro Vivo.

"Torna-se importante discutir este tema, pois nos últimos anos vários rankings internacionais colocam Portugal como um dos melhores destinos para investir em imóveis, por ser cada vez mais seguro e rentável. Estes factos colocam o público com capacidade para investir de olhos postos no mercado imobiliário português", explica Ricardo Costa, fundador da empresa que também ostenta a chancela Christie"s. Esta marca nasceu em 1995, a partir da compra de uma rede imobiliária de luxo, a Great Estates, e hoje tem presença em cerca de 47 países, com operações significativas no mercado premium em cidades como Londres, Nova Iorque, Paris, Amesterdão, Milão, Dubai e muitos outros. Em Portugal, atua através da Porta da Frente, na região de Lisboa e do Alentejo, e da Luximos, que tem operações no Algarve, Porto e região Norte de Portugal.

Rafael Ascenso defende que o crescimento do mercado premium em Portugal também reflete o trabalho e empenho da Christie"s, uma vez que esta é "uma rede internacional especialista no mercado imobiliário de luxo, que reúne algumas das melhores agências do mundo e que tem vincado a sua diferença com a prestação de um serviço exclusivo e através da oferta dos melhores imóveis".

Mesmo em fase de pandemia, este responsável afirma que o segmento imobiliário premium - e não só - continua vivo e é um dos principais motores da economia. "Por isso, há que sublinhar, além do interesse natural no nosso país, é importante continuar a captar o investimento estrangeiro também através de programas e medidas de incentivo, como é o caso do Golden Visa", alerta. E explica: "nunca é demais referir que as limitações que agora lhe vão ser impostas terão repercussões não apenas no mercado imobiliário, como em toda a economia nacional. Apesar dos portugueses estarem cada vez mais recetivos à compra de imóveis de luxo, enquanto representantes da Christie"s International Real Estate, sempre tivemos uma visão internacional mais abrangente deste negócio e acreditamos que a captação de clientes e investidores estrangeiros continua a ser cada vez mais um caminho a seguir". Este ponto será certamente uma das questões a abordar no debate.

Já Ricardo Costa refere a propósito que nunca é de mais reforçar a segurança que representa o investimento em ativos imobiliários. "A aquisição de património imobiliário é, há vários séculos, uma das formas mais seguras e menos arriscadas de investimento. Esta é sem dúvida a forma de investimento historicamente mais estável e com maior potencial de valorização. Portugal têm apresentado uma valorização contínua do setor imobiliário, a médio e a longo prazo", explica. Para ele, um dos principais problemas que o setor enfrenta de momento são as alterações legislativas, e reforça dizendo que a instabilidade é sempre inimiga do investimento. "Considero que Portugal tinha melhores condições para manter os níveis de procura e investimento estrangeiro, se os programas para captar o interesse internacional se mantivessem estáveis. Refiro-me, por exemplo, ao programa Golden Visa que ainda nos traz um tipo de clientes capaz de nos ajudar a recuperar da crise, como os clientes americanos, com fortíssima capacidade de investimento. Estamos a passar a mensagem de que Portugal coloca entraves ao investimento estrangeiro, enquanto outros países, que concorrem connosco, o recebe de braços abertos. Quem vê apenas no programa Golden Visa lucros no setor imobiliário tem vistas curtas e não perceciona o consumo contagiante a outras atividades com um peso enorme na economia portuguesa", afirma.

Relativamente às tendências futuras para este setor, ambos os especialistas explicam que a aposta no digital é, claramente, a mais relevante. "Outro dos desafios recentes na nossa atividade, prende-se com a aposta no digital, que se acentuou durante a pandemia, embora, acreditemos que mesmo os clientes com grande capacidade financeira têm preferência por realizar negócios presencialmente. Ser parte da rede Christie"s também tem sido uma mais-valia nesse sentido, pois temos acesso a ferramentas digitais e de marketing exclusivas e de excelência", explica Ricardo Costa.

Para Rafael Ascenso, o imobiliário, tal como muitos outros setores, adaptou-se acentuando, explorando e redescobrindo mais e melhores ferramentas de trabalho à distância. "No nosso caso, dada a dimensão da nossa carteira de clientes internacionais, o trabalho à distância não foi propriamente uma novidade, o que mudou foi o volume de negócios tratados à distância. No entanto, gosto sempre de frisar que a compra de uma casa, mesmo para clientes com grande capacidade financeira e património robusto, envolve um conhecimento pessoal do imóvel. Compras integralmente à distância sempre foram - a acredito que continuem a ser - uma exceção à regra", remata este especialista.

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