A nova equipa de gestão assumiu o desafio de "recuperar o nome e a notoriedade da marca Mike Davis" e o mercado tem reagido de acordo com os objetivos. "Desde julho do ano passado, o volume de negócios aumentou 54% e prevemos encerrar o ano com 7 milhões de euros de faturação", anunciou o CEO Luís Aranha.
"Nos últimos oito meses, abrimos ou reabrimos 11 lojas, em janeiro vamos abrir mais uma nos Açores e estamos sempre a ver novas oportunidades", comentou Luís Aranha, adiantando que a renovação da rede de 25 lojas irá implicar um investimento de 2 milhões de euros.
Depois, será altura de partir à conquista do Mundo. "Temos um plano de internacionalização, mas ainda é cedo para falar nisso. Há interesse para a abertura de lojas no Dubai, mas só no final de 2015 iremos decidir se abrimos lá ou mais perto, na Europa", revelou, ao Dinheiro Vivo. Até lá, a marca já tem algum reconhecimento internacional, enquanto patrocinadora de equipas desportivas, como a equipa portuguesa de Horseball, que foi campeã mundial em 2005.
A renovação da loja do Norteshopping, hoje inaugurada, num investimento que ronda os 100 mil euros, é simbólica para a marca, nascida em 1976, em Gondomar. "Duplicámos o tamanho da loja e temos um conceito inovador, que faz dela uma loja única em Portugal. Não temos montra, temos painéis LCD que contam a história da marca. É a loja mais importante da Mike Davis em Portugal", explicou o administrador.
Com design 100% português e fabrico 95% feito em Portugal, a marca orgulha-se de se manter próxima das origens. "No estrangeiro, temos fama de saber fazer bem. Deviamos meter isso na cabeça e perceber que também sabemos pensar bem. Os italianos fazem-no com muita confiança e nós temos de o fazer também", adiantou Luís Aranha. A Mike Davis exporta roupa casual, de homem e de senhora, para Espanha, Polónia, Itália, Cabo Verde, Angola e Moçambique.
O atual CEO da Mike Davis Aranha está ligado à moda há várias décadas, tendo sido já presidente dos grupos Nina Ricci e Paco Rabane, entre outros cargos de direção, em especial na Ásia (viveu 20 anos no Japão), para onde partiu depois de, nos anos 80, ter sido responsável pelo departamento de exportação da Vista Alegre.