Fundada em São João da Madeira, em 1951, pelo pai de Rui Moreira, atual presidente da Câmara do Porto, a Molaflex é hoje parte do grupo Faurecia, ao qual foi vendida em 1988. No entanto, sublinha Vítor Marinheiro, diretor-geral da empresa, a Molaflex usa "95% de matérias-primas nacionais, tem investimento e desenvolvimento próprios e uma gestão portuguesa. Está inserida num grupo multinacional, com fábricas nos EUA, Brasil, Chile, Cuba e Espanha, e tira partido desse know how".
Com um departamento próprio de investigação e desenvolvimento, Vítor Marinheiro destaca a importância da inovação ao serviço da expansão da marca. E dá o exemplo do sucesso de dois dos mais recentes produtos lançados no mercado - o viscogel, incorporação de partículas de gel na espuma viscoelástica dos colchões, que permite repartir melhor o calor e dar maior conforto; e a biocerâmica, incorporação de partículas cerâmicas nas fibras dos colchões que, aproveitando o calor gerado pelo corpo, produzem infravermelhos que melhoram a circulação sanguínea e promovem a renovação dos tecidos.
A empresa, que dá trabalho a 190 trabalhadores - dez dos quais contratados já este ano e outros tantos que irá ainda contratar -, é líder no sector do descanso: colchões, bases e cabeceiras e almofadas e edredões. Mas 90% do seu volume de negócios, que em 2013 se cifrou em 17,75 milhões de euros, é assegurado pelos colchões. E se o ano passado as vendas correram bem (cresceram 12%), esta primeira metade do ano antecipa resultados "muito interessantes".
E a que atribui este crescimento? "Em parte à retoma. Por outro lado, acredito que tem a ver com muitos dos novos produtos que temos vindo a desenvolver", diz. E, claro, da abertura de novos mercados. Espanha, França, Suíça e Angola eram, até agora, os destinos preferenciais das exportações da Molaflex, a que se juntaram, este ano, Moçambique, Marrocos e Argélia.
Novos projetos? "Temos algumas ideias em fase de evolução, designadamente uma fábrica em Angola, mas é cedo para falar deles", frisa. Para já, a Molaflex centra-se no investimento de meio milhão que está a fazer na sua fábrica em São João da Madeira. "Estamos a comprar novos equipamentos para reforçar a capacidade produtiva.