MSN quer ser a "porta de entrada dos ecossistemas digitais em Portugal"

O MSN vai ser a partir de 2 de outubro mais informativo e menos lifestyle. Para isso, o portal da Microsoft fez parcerias com uma série de marcas de media nacionais. Mais de 50, dizem.
Publicado a

Miguel

Albuquerque e Castro, diretor do MSN Portugal, explica em entrevista ao Dinheiro Vivo quais os objetivos para o projeto que diz já ser (com todo o ecossistema digital da Microsoft) o terceiro player digital em Portugal. "O MSN Portugal na sua versão "web" tem hoje em dia uma

média entre 2,5 a 3 milhões de utilizadores únicos mensais, entre

20 a 25 milhões de visitas e

mais

de 160 milhões de page views", diz.

O

MSN vai ser menos lifestyle e mais informativo. O que motivou esta

mudança de posicionamento?

Embora tenhamos vindo a fazer ao longo dos últimos meses

uma alteração na estratégia editorial e de programação para

sermos mais "informativos",

o

novo MSN tem claramente e assumidamente um foco muito maior em

informação, fruto das parcerias concretizadas com fornecedores de

conteúdo premium e com a inclusão de novos canais como finanças,

algo que não tínhamos até à data

, um canal que se encontra bastante completo, com quase todos os

principais meios nacionais e muita informação estruturada sobre

ações e ferramentas de apoio ao utilizador com o objetivo de

cumprir com o objetivo de "task completion".

Em 2012 anunciaram uma parceria com o grupo MediaCapital na área do

vídeo. É através deste tipo de acordos que vão concretizar esta nova abordagem ou vão apostar numa equipa de produção de conteúdos

própria?

Com o novo MSN, a Microsoft

abandona por completo a produção de conteúdos. O foco da equipa de

media interna vai ser na curadoria e programação de conteúdos de

parceiros premium

. É nosso

objetivo que todos os publishers, grupos de media e publicações

nacionais façam parte do projeto com o objetivo claro e assumido de

ajudar estas marcas e empresas a terem mais tráfego e mais receitas

nas suas propriedades.

Queremos

agregar os melhores conteúdos digitais em língua portuguesa

.

Falam em 50 media associados ao projeto. Quais são? Que investimento

isso implicou?

É verdade. A recetividade ao projeto tem sido muito grande.

Como poderão verificar na versão "beta",

o novo MSN tem conteúdos dos principais players e grupos de media

nacionais - Controlinveste Conteúdos, Cofina, RTP, Público, Motor

Press Lisboa e vários outros para um total de quase 50 publicações

/ marcas nacionais presentes e mais de 1.000 no mundo inteiro.

O

modelo de negócio pressupõe que os parceiros continuam a gerir e a

monetizar as suas propriedades e não pretendemos imiscuir-nos no

negócio dos nossos parceiros

.

Acreditamos que as muitas conversas que tivemos sempre mostraram que

não iriamos canibalizar o negócio dos parceiros, mas sim

trabalhar

numa ótica de parceria com o objetivo de gerar tráfego e receitas

adicionais para estes

.

Esta é uma mudança global do portal que não se reflecte apenas na

versão para Portugal. Fizeram algum estudo para perceber quais os

conteúdos que os utilizadores portugueses mais pretendiam?

O nosso objetivo é assumidamente, e em primeiro lugar,

criar

uma "nova porta de entrada para a web", criando um produto que

seja transversal a todas as plataformas (PC, tablet ou telemóvel),

em versão browser ou em versão de aplicação ("app")

.

O que queremos ter são

os

melhores conteúdos, dos melhores produtores de conteúdos nacionais

(e internacionais) transversalmente em todos os verticais

que vamos ter: notícias (informação), desporto, finanças (e

economia), entretenimento (famosos, cinema, música, tv e jogos),

viagens e lazer, saúde e bem-estar, receitas e bebidas, automóvel,

lifestyle (moda, beleza, família e relações), meteorologia e

vídeo.

Queremos ser abrangentes

e inclusivos, por forma a ajudar os grupos de media nacionais a

desenvolverem o seu negócio e crescerem

.

Que áreas querem reforçar?

O ponto chave não será que áreas queremos reforçar porque

acreditamos que para o lançamento

temos

uma oferta vasta e transversal

,

mas sim que

temos o objetivo de

ter os melhores conteúdos produzidos em língua portuguesa

disponíveis para os nossos utilizadores, com o objetivo de nos

tornarmos a porta de entrada dos ecossistemas digitais em Portugal e

um parceiro dos nossos

parceiros que se traduza em valor acrescentado para estes, gerando

mais tráfego e mais receitas

.

Mas qual é aqui o objetivo em termos de pageviews, visitas ao

site? Nesse campo o Sapo lidera há vários anos, segundo o NetScope.

A Microsoft e o seu ecossistema de propriedades digitais (MSN,

Outlook.com, Skype, Bing, Xbox, Microsoft.com, etc.) está no

top

#3 de players digitais em Portugal, juntamente com o Google e o

Facebook

, chegando a quase 80%

dos utilizadores de Internet em Portugal (dados comScore). As

propriedades Microsoft, e em especial o MSN não estão presentes no

NetScope por decisão interna, mas temos consciência que as agências

e anunciantes têm noção da escala e potencial do MSN e das várias

propriedades da Microsoft. O objetivo é continuar a crescer a "dois

dígitos" como temos feito quase todos os anos, ao longo dos

(quase) sete anos que o MSN existe em Portugal.

Falam de uma audiência global de 425 milhões de pessoas. Mas qual é

a audiência em Portugal?

O MSN Portugal na sua versão "web" tem hoje em dia uma

média entre 2,5 a 3 milhões de utilizadores únicos mensais, entre

20 a 25 milhões de visitas e

mais

de 160 milhões de page views

. Se

juntarmos o ecossistema das apps de Windows 8 e Windows Phone, esse

valor cresce ainda mais.

Ao nível de formatos publicitários há alguma novidade que seja

introduzida com este novo MSN?

Embora existam novos formatos exclusivos no novo MSN,

a

maior novidade prende-se com a opção de multiscreen

(PC, Tablet, Telemóvel) e em diferentes âmbitos web ou app. A isto

acrescentam-se

todas as

funcionalidades e possibilidades de segmentação

porque, regra geral, grande parte dos utilizadores estão "logados".

E

v

amos ter à

disposição das marcas formatos inovadores e exclusivos, e

continuaremos a fazer uma forte aposta na componente rich media, o

que permite um elevado engagement com os consumidores.

Historicamente, esta tipologia de formatos tem um impacto positivo

nos resultados das campanhas acima dos 50% no que toca à taxa de

clique. Teremos elevada capacidade de segmentação otimizando desta

forma os budgets dos anunciantes, já que estão a comunicar

efetivamente para o seu target, tudo isto potenciado pelo Microsoft

ID. E teremos ainda uma oferta multiscreen única no mercado, que vai

permitir impactar o utilizador nos diferentes devices usados para

navegar nas nossas propriedades durante os vários estágios diários

de consumo.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt