Nos contratos de crédito há siglas que são mais relevantes para a vida de quem vai contrair o empréstimo do que outras. A MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) é uma delas porque mostra quanto é que realmente aquele empréstimo vai custar em juros, comissões, impostos e outros encargos.
O MTIC é, assim, mais um instrumento de que os consumidores dispõem para fazer comparações de propostas. Se a taxa de juro contratada for fixa e as demais características (valor total) forem semelhantes, o MTIC apenas será mais elevado se a taxa de juro for mais alta e se o prazo também for mais longo.
Exemplificando: um empréstimo de 12 mil euros, com uma taxa de juro anual nominal de 8% a 60 meses (5 anos), custará na realidade 15 191,12 euros. Ou seja, terá 3191,12 euros de encargos para além do montante pedido, e que vêm sob a forma de comissões iniciais (200 euros) e comissões mensais (1,5 euros) - às quais tem ainda de somar-se o Imposto do Selo.
Há que ter em atenção que quando se está a fazer um empréstimo a taxa variável ou mista, este "Montante Global Indicativo de Custos" acaba por não corresponder ao valor total que irá ser pago durante a 'vida' do crédito.
O MTIC do crédito consta na informação pré-contratual que é fornecida ao cliente, nomeadamente na Ficha de Informação Normalizada (FIN) ou na Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE).