Nem Zon, nem Optimus. Operadora prepara nova marca

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O prazo é exigente, mas até abril a Zon Optimus quer surgir no mercado com um novo nome e marca, apurou o Dinheiro Vivo.

Para isso, a operadora liderada por Miguel Almeida já entregou a criação da identidade da nova empresa resultante da fusão da Zon e da Optimus à agência britânica Wolff Olins.

A escolha da agência internacional de branding surgiu de uma consulta que arrancou ainda em dezembro onde foram chamadas várias agências nacionais e internacionais. De acordo com a informação recolhida pelo Dinheiro Vivo, além da agência britânica participaram neste processo a Interbrand/Albuquerque Designers, a Ivity, bem como a BBDO e a Havas. Estas duas agências trabalham há vários anos a conta de publicidade da Zon e da Optimus e contam com unidades de criação de marca nas suas estruturas, caso da RMAC na BBDO e da Havas Design+. Esta última foi, de resto, a responsável pela renovação de imagem da Optimus em 2008, altura em que a operadora móvel abandonou o símbolo do boomerang pelas bolas de lava orgânicas, que ainda hoje a representam. Na época, a mudança representou um investimento de 32,4 milhões de euros (a preços de tabela).

A nova marca insere-se no plano estratégico da Zon Optimus que, será conhecido a 27 de fevereiro. A empresa, que concluiu formalmente a fusão em outubro passado, está em pleno processo de integração das estruturas, tendo terminado, recentemente, a migração dos clientes móveis da Zon para a rede da Optimus. E, a integrar estruturas comerciais e técnicas, bem como diferentes culturas de empresa. No âmbito desta reestruturação já terão saído mais de 100 colaboradores.

Uma nova marca poderá ajudar na criação de uma nova cultura de empresa, acredita Ricardo Miranda (leia aqui). O especialista em criação de marcas da agência Brandia Central lembra que, é com essa nova marca, que "as pessoas se irão ligar para comunicar e receber comunicação ao longo do dia". "É nessa empatia que reside também o segredo para a construção de uma nova cultura de empresa, nem Zon, nem Optimus, mas uma 3ª via", frisa.

Mas não só. "Falhar na construção da empatia é comprometer os resultados comerciais", defende. Uma nova marca é uma oportunidade para a empresa ganhar terreno face à concorrência , em particular ao Meo, da Portugal Telecom. "Depois de anos a olhar a Meo nos olhos, a Zon piscou. A parceria Meo/Gato Fedorento e o lançamento da M4O encarregaram-se de tatuar o nome da marca na cabeça dos consumidores. Apesar de inovações como a Zon Iris", diz Ricardo Miranda.

O ano passado o Meo foi a marca mais recordada pelos portugueses, segundo o estudo Publivaga da Marktest. A Optimus e a Zon surgem em quarto e quinto lugar, respetivamente. Atrás da Vodafone (na 3.ª posição).

É este o desafio que a marca que vai ser criada pela Wolff Olins tem pela frente. Em Portugal, a agência britânica já realizou trabalho para o ICEP, sendo responsável pela assinatura "Portugal - where the Atlantic meets Europe" presente nas campanhas de promoção do turismo português no estrangeiro. E no sector das telecomunicações tem trabalhado marcas como a brasileira Oi (operadora com a qual a Portugal Telecom está em processo de fusão), a Orange, a norueguesa Telenor ou a espanhola Movistar .

A Zon Optimus não quis comentar este assunto.

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