Neste Mercado do Bairro só entra por convite

No Mercado do Bairro pode comprar produtos antes de chegarem aos supermercados. E edições limitadas de néctares da Compal que não encontra em mais lado nenhum. E mais barato.
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É uma loja online mas não só. "É uma

plataforma para a Sumol + Compal criar uma relação direta com os

consumidores", explica João Castro, diretor de inovação disruptiva, ao

Dinheiro Vivo.

O Mercado do Bairro é também um bom focus

group para empresa testar novas receitas ou edições limitadas de produto junto

a uma base mais alargada de consumidores, antes de decidir se entra ou não no

portefólio permanente de oferta da companhia. Algo já feito com regularidade

pela Sumol+Compal. O ano passado, por ocasião do 60º aniversário, foram

lançados três edições limitadas de néctares produzidos com frutos nacionais: a

ameixa Rainha Clara, Banana da Madeira e Laranja do Algarve. Esta última teve

tanta receptividade que vai continuar na oferta da Compal, adianta João Castro.

Saiba mais sobre o projeto aqui

No arranque do Mercado do Bairro a empresa

colocou à venda outra edição limitada, nectar de framboesa e morangos de

Almeirim. "Tinhamos 200 garrafas, esgotaram numa semana", conta João

Castro. A ideia é "pelo menos uma vez por mês" lançar uma nova edição

limitada. A próxima (com apenas 150 garrafas) já está definida: Nectar de

Maracujá de Odemira. Os clientes também pode aceder a produto antes de chegar aos

supermercados ou cafés. Foi o caso dos novos sabores da B!Monada.

No Mercado do Bairro além dos produtos da

Sumol+Compal, ou distribuídos pela empresa como a Pepsi ou a Estrela Damm, os

utilizadores podem ainda adquirir produtos da Gallo e Lipton. "Foi uma

questão oportunística. Fazemos a distribuição da Gallo (250 ml e 3 L) e da

Lipton no canal Horeca", explica João Castro. Parcerias com outras marcas

estão a ser estudadas, mas só entra no Mercado do Bairro quem tiver a mesma

visão desta plataforma como um canal de contacto e de inovação e não como um

mero canal alternativo ao da grande distribuição ou do HORECA.

O projeto deu os primeiros passos na direção

de inovação da empresa em final de 2012, em maio do ano passado começou a ser

testado internamente com os colaboradores a realizarem as primeiras encomendas.

Depois abriu em outubro de 2013 forma feitos convites externos. Numa fase

inicial são cerca de mil convites emitidos e utilizadores registados. A ideia é

crescer de forma controlada, garantindo que os produtos chegam no próprio dia

em que são encomendados à casa do cliente, explica João Castro, por isso, a

entrada neste mercado é só mesmo por convite. Para receber um tem de se

registar.

As entregas são asseguradas pela própria

Sumol+Compal a partir do centro operacional de Carnaxide e decorrem entre as

18h e as 23h, podendo o cliente definir slots de duas horas para uma entrega a

uma hora mais conveniente. O pagamento é feito por Multibanco no ato da

entrega. Não há custos, mas o cliente tem de fazer um pedido com um custo

mínimo de 15 euros. É que mesmo sendo uma "plataforma de relação com o

consumidor", o Mercado do Bairro "tem obrigação de não apresentar

resultados negativos". Ou seja, tem de ser sustentável.

Nesta fase só assegura entregas numa

"Grande Lisboa generosa", diz João Castro, que vai da Ericeira a

Setúbal, especifica. Mais tarde há planos para expandir a outras zonas, como

"Grande Porto e Leiria onde já nos têm chegado pedidos", revela o

diretor de inovação, sem adiantar datas.

A Fullsix criou o design e a Jump assegurou a implementação tecnológica da plataforma.

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