Nestlé acusada de usar peixe oriundo de trabalho escravo

A multinacional suíça Nestlé foi processada nos Estados Unidos por utilizar, com conhecimento, um marisco fornecido por uma entidade tailandesa, que utiliza trabalho escravo, na produção da sua marca de comida para gatos Fancy Feast.
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A ação coletiva apresentada, esta quinta-feira, no tribunal federal de Los Angeles, representa todos os consumidores da Califórnia da marca Fancy Feast, que se sentem lesados e garantem não teriam comprado o produto se soubessem que o mesmo estava relacionado com trabalho escravo.

Nesta ação, a Nestlé é acusada de trabalhar com a Thai Union Frozen Products PCL, à qual importa cerca de 13 mil toneladas de comida para gatos destinadas às grandes marcas vendidas no mercado norte-americano. Parte destes produtos procede de trabalho escravo.

Homens e crianças, geralmente vítimas de tráfico de seres humanos em Mianmar e no Camboja, são vendidos a capitães de barcos pesqueiros que necessitam de tripulação, acrescenta a ação judicial.

"Ao ocultar isto do público, a Nestlé engana milhões de consumidores para que apoiem e estimulem o trabalho escravo em prisões flutuantes", disse Steve Berman, sócio diretor do escritório de advocacia Hagens Berman, citado pela revista brasileira Exame.

A proteção dos direitos humanos é citada como um dos princípios corporativos da Nestlé.

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