Este ano os sites de apostas não contemplaram o galardão atribuído à Economia e também não foram feitas muitas projeções nos meios de comunicação social quanto aos favoritos nesta categoria.
Como habitualmente, a Reuters,que desde 2002 já previu com sucesso cerca de quadro dezenas de laureados, elaborou também a sua lista para 2015.
De acordo com as projeções da Thomson Reuters, o britânico Richard R. Blundell, da Universidade de Londres, poderá ser o vencedor do Nobel da Economia deste ano, pelo seu contributo para o conhecimento do impacto das decisões políticas sobre o mercado de trabalho e a procura dos consumidores, e em particular sobre como as famílias são afetadas por condições económicas adversas.
Blundell desenvolveu ferramentas teóricas para analisar o efeito das políticas fiscais na oferta de emprego e outras variáveis do mercado de trabalho. Realizou também estudos sobre padrões de consumo, para explicar a relação entre as desigualdades no consumo e no rendimento.
O americano John A. List, da Universidade de Chicago, surge em segundo lugar na lista de favoritos da Reuters, por estender à economia as suas pesquisas de campo, com o objetivo de demonstrar que a teoria económica funciona no mundo real.
Em terceiro lugar aparece outro académico norte-americano, Charles F. Manski, da Universidade Northwestern Evanston, em Illinois, nos Estados Unidos, pela sua contribuição significativa na identificação e análise da interação das políticas sociais na economia.
Paul Romer, que impulsionou a teoria do crescimento endógeno, assinalando a importância do investimento em capital humano, I&D e inovação para o crescimento económico; Robert Barro, que também contribuiu para a teoria do crescimento económico, impacto da inovação e despesa pública; Angus Deaton, dedicado às relações entre rendimento, poupança, pobreza e saúde, entre outros, e Anthony Atkinson, conhecido pelo índice com o mesmo nome para medir as desigualdades de rendimentos, estão também na lista da Reuters como eternos favoritos.
Já a agência France Presse aponta, além de Robert Barro, o norte-americano Avinash Dixit, de Princeton, e o finlandês Bengt Holström, do MIT. Nomes como o do ex-presidente da reserva federal norte-americana (Fed), Ben Bernanke, ou o de Olivier Blanchard, que recentemente deixou as funções de economista-chefe do FMI, constam igualmente da lista dos candidatos mais fortes a vencedores do Nobel de Economia, que desde 1969 já distinguiu 75 individualidades.
Vencedores nas outras categorias
Na semana passada foram anunciados os Prémios Nobel deste ano, nas cinco categorias: Medicina e Fisiologia (dia 5), Física (dia6), Química (dia 7), Literatura (dia 8) e Paz (dia 9). Conheça os galardoados.
Paz. O Nobel da Paz foi atribuído este ano ao Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia, pela sua contribuição para a construção de uma democracia pluralista no país durante a revolução de 2011. O quarteto é formado pelas uniões da Indústria e do Trabalho, Liga dos Ddireitos Humanos e Ordem dos Advogados tunisinos.
Literatura. A escritora e jornalista bielorussa Svetlana Alexievich foi a escolhida para receber o Prémio Nobel da Literatura 2015, sendo a 14.ª mulher a ganhar o galardão nesta categoria. O seu livro "O fim do homem soviético" foi publicado este ano em Portugal. "Vozes de Chernobyl" é outro dos seus títulos mais conhecidos.
Química. O Nobel da Química é este ano repartido por três pesquisadores que descobriram mecanismos biomoleculares naturais que reparam erros no DNA: o americano Paul Modrich, o turco Azis Sancar e o sueco Tomas Lindahl.
Física. A descoberta de que os neutrinos mudam de classe e possuem massa, ao contrário do que se pensava antes, valeu a Arthur B. McDonald, da Universidade Queens, no Canadá, e a Takaaki Kajida, da Universidade de Tóquio, no Japão, o Prémio Nobel da Física 2015.
Medicina. O irlandês William C. Campbel e o japonês Satoshi Omura ganharam o Nobel de Medicina e Fisiologia, por novas terapias para combater doenças causadas por vermes nematódeos, enquanto a chinesa YouYou Tu desenvolveu uma nova terapia contra a malária.
Entrega dos prémios
Os prémios - oito milhões de coroas suecas (cerca de 857,3 mil euros) cada, além de uma medalha em ouro e um diploma - vão ser entregues dia 10 de dezembro, em Oslo, na Noruega.