Novo Banco: Santander analisará eventual empréstimo se receber proposta

Mas o CEO do Santander declarou que o banco não tem "nenhum interesse ou preocupação em acelerar" o esquema de injeções de capital no Novo Banco.
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O Santander está disponível para analisar uma eventual proposta em que a banca seja chamada para fazer um empréstimo para ser efetuada uma última injeção de capital no Novo Banco.

"Analisaremos", disse Pedro Castro e Almeida, presidente-executivo do Santander em Portugal, esta quinta-feira, na apresentação de resultados do banco, em Lisboa.

O Expresso noticiou, esta semana, que a solução para acabar, já este ano, com os auxílios estatais ao Novo Banco poderá passar não só pelo dinheiro dos contribuintes, mas também pela ajuda dos próprios bancos. Adiantou que esta é uma das hipóteses em cima da mesa a ser trabalhada entre o Banco de Portugal, os acionistas do banco - a Lone Star e o Fundo de Resolução - e ainda o Governo. Além dos 1.100 milhões de euros do empréstimo estatal e contribuições dos bancos para o Fundo de Resolução, seria necessário que os bancos emprestassem 400 milhões de euros para financiar a injeção final.

O CEO do Santander afirmou que o banco não está envolvido em negociações. "Não estamos envolvidos", afirmou.

Salientou que o acionista do Novo Banco "terá todo o interesse" em acelerar o fim do mecanismo de capital contingente, o que permitirá avançar com a venda do banco.

"Não temos nenhum interesse ou preocupação em acelerar" o capital contingente, sublinhou Castro e Almeida.

Declarou que o importante é que a eventual venda do Novo Banco permita recuperar parte do valor já injetado no banco, que resultou da resolução do BES, em 2014.

"O que queremos é que se possa ser valorizado", disse, lembrando que o Fundo de Resolução tem uma posição de 25% no Novo Banco.

Em atualização

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