Os novos créditos ao consumo em novembro somaram mais de 606 milhões de euros, um aumento de 3,8% em relação ao mês anterior, mas uma diminuição de 4,1% em termos homólogos, segundo o Banco de Portugal.
Numa altura em que a inflação atinge recordes e os portugueses estão a ver as contas no final do mês a aumentar, quer da casa, energia ou alimentação, a maior subida dos novos créditos ao consumo foi observada nos cartões a descoberto. De acordo com os dados provisórios divulgados na segunda-feira pelo supervisor, esta modalidade, que inclui cartões de crédito ou contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, registou um aumento de 9,3% em cadeia para mais de 113 milhões de euros. Face ao período homólogo o montante registado através desta modalidade - que se refere ao limite máximo de crédito colocado à disposição do cliente (plafond) e não ao montante de crédito efetivamente utilizado - registou uma ligeira subida de 0,7%.
Em número de contratos, os cartões a descoberto também foram o segmento que registou maiores subidas, tendo acelerado 12,7% para 77.507.
Os novos créditos pessoais continuaram a registar aumentos, com os contratos deste tipo de empréstimo - direcionado para várias áreas como saúde, educação, energias renováveis, lar entre outros - a superarem os 44 mil e a totalizarem 283 milhões de euros, um aumento de 7,5% e 2,5%, respetivamente, face ao mês anterior.
No mês de novembro, os bancos também concederam mais crédito para a compra de carro. Foram realizados 13612 contratos no valor total de 210 milhões, o que traduz um ligeiro aumento de 0,7% e 2,7%, respetivamente.
Do número total de novos créditos em novembro, 4,9% (contra 5,5% em outubro e 3,7% em novembro de 2021) foram contratos subvencionados, ou seja, celebrados entre a instituição de crédito e o consumidor, mas em que parte do custo do crédito é suportada por uma entidade terceira (por exemplo, o ponto de venda onde o consumidor adquire o bem financiado).