O Governo criou uma divisão nos estágios profissionais comparticipados pelo IEFP. Agora, aos Estágios profissionais remunerados com duração de 9 meses, juntam-se também os Estágios profissionais de interesse estratégico, que garantem contratação de 75% dos estagiários. . A partir de amanhã, os estágios profissionais comparticipados pelo IEFP serão mais vantajosos se forem considerados projectos de interesse estratégico para a economia. De acordo com a nova portaria, estes estágios podem ter uma duração de até 18 meses, em vez dos nove meses admitidos no regime geral. . Se um projecto de estágio profissional for considerado "de interesse estratégico para a economia nacional ou de determinada região", o valor atribuído ao estagiário será comparticipado em 90% pelo IEFP e poderá variar entre 419,22 e 691,7 euros. . Define-se agora que para ser considerado de interesse estratégico, um projecto deve envolver pelo menos 25 estagiários e a empresa fica obrigada a contratar 75% desses elementos passados os 18 meses de estágio. Esta obrigatoriedade não estava estabelecida na portaria publicada no ano passado, e pretende ser mais um elemento contra o desemprego jovem. Os estagiários têm ainda de obter uma classificação mínima de 70 %, de acordo com o modelo de avaliação dos projetos utilizado pelo IEFP. . Estes programas de interesse estratégico devem ainda estar relacionados com criação de uma nova empresa ou expansão da empresa existente ou estarem inseridos num setor de atividade ligado essencialmente à exportação. . Nas novas alterações fica ainda estabelecido que os Estágios Profissionais de carácter geral passam a poder ser realizados em empresas que já iniciaram processos de revitalização previstos no Código de Insolvências e Recuperação de empresas. Para tudo o resto, a legislação anterior continua em vigor. . O Governo pretende que estes estágios sejam "oportunidades de reforço da cooperação entre as entidades formadoras e os empregadores, de desenvolvimento das competências técnicas e sociais facilitadoras de uma adequada transição para o mercado de trabalho e de melhoria efetiva da qualidade e das taxas de empregabilidade dos destinatários que beneficiam de tal programa". . Leia a nova legislação que regula estes programas