Uma conversa sobre relações à distância fez com que Melissa Kit Chow, Andy Payne e Phil Seaton concordassem que os likes dos amigos no facebook deveriam ser mais reais para ajudar a matar saudades. A conversa foi tão motivadora que pouco tempo depois estavam envolvidos no The like a hug project, um projecto que pretendia colmatar a falta de fisicalidade da rede.
A ideia era simples, transformar todos os likes que chegam a um determinado perfil de Facebook para os tornar em abraços reais, e também poder devolvê-los.
"Chegamos ao conceito de tele-presença e brincámos com a ideia de receber abraços através de tecnologia wireless", revela Chow.
Assim, à medida que os amigos gostam de uma fotografia, comentário ou vídeo através do Facebook, um colete (ver na imagem) insufla para dar uma sensação de abraço, calor e conforto, o tal quase-abraço que dá nome ao projecto.
E como abraços dão-se e recebem-se, os criadores desenvolveram um mecanismo que permite devolver o abraço. Basta apertar o colete enquanto ele se esvazia.
Mas os três sabem que existem muitas funções que podem ser potenciadas e retiradas do mundo virtual, por isso estão a estudar a conversão de outras funcionalidades da rede social como pedir amizade, bloquear, dar toques, seguir ou partilhar.
A ideia destes jovens não é nova. Tem sido frequente a tentativa de criar sensações a partir da distância. Em abril, o fabricante de robot Hiroshi Ishiguro apresentou uma almofada que confere sensações às chamadas telefónicas. A Hugvie transform ao tom e volume da voz de uma pessoa e simula o bater do coração.
Em maio, por exemplo, a retalhista C&A introduziu um contador de likes nos cabides da roupa para mostrar aos clientes quais eram as peças mais populares nas redes sociais.