Lembre-se que você é um adolescente. Por um lado, você aprendeu com a sua família, na escola, ou na igreja que não se deve agredir alguém fisicamente ou participar em bullying. Mas, porque lhe falta experiência, você não tem a certeza se isso se aplica a esta situação. Por outro lado, você quer fazer o que os outros fazem. Também lhe têm ensinado o valor da socialização, da cooperação e do trabalho em grupo. Sendo adolescente, você provavelmente põe mais ênfase na importância de fazer parte de um grupo do que em qualquer outra altura da sua vida..Sendo esta situação difícil e nova, você não sabe o que fazer. Se tivesse tempo para discutir com os seus amigos, provavelmente iam todos concluir que era errado cercar e bater noutra pessoa. Mas, naquela altura, você hesita e não sabe o que é que os seus amigos estão a pensar, que por sua vez não sabem o que é que você está a pensar..Neste impasse, recebemos um sinal. Uma rapariga começa a agressão. Não só isso revela que ela acha que esta é a ação correta mas também, tão ou mais importante, ela está a mandar um sinal público para todos. Porque eu quero fazer o que os outros fazem, e sei que todos vêm a rapariga, a liderança dela leva-nos a coordenar na agressão como sendo a ação certa..Porque usamos a líder para coordenar as nossas ações, pomos demasiado peso na sua opinião. Ela permite-nos coordenar, fazer o mesmo. Por isso, pomos peso a menos no nosso instinto que nos diz que devíamos parar a agressão. Seguimos em manada, não paramos para pensar..O que podemos fazer para impedir estas situação? Depois da agressão, podemos castigar os participantes. Pôr a ênfase exclusiva na líder é um erro: em qualquer situação, alguém vai tomar o primeiro passo, e levar à coordenação do grupo. Castigar todos por terem coordenado na ação errada é melhor, mas, em muitas outras situações, queremos recompensar os jovens por trabalharem em grupo e cooperarem com outros. Não é fácil para um jovem distinguir os dois numa situação nova..Antes da agressão, podemos cultivar algum individualismo. Se entre amigos existem opiniões muito diferentes, é mais difícil coordenar. Se você sabe que costuma discordar dos seus amigos, e estão habituados a discutir e perceber os outros, você vai prestar mais atenção à sua cabeça e menos ao primeiro passo do líder. Quando protegemos a diferença nos jovens, incluindo nas suas opiniões sobre política, crenças, ou orientações sexuais, e damos alguma liberdade às famílias e às escolas na forma como educam os jovens e nos programas de ensino que adotam, promovemos uma sociedade com menos gangues.